Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 09/06/2020 às 15h05
Eleições – Além da luta mundial contra o coronavírus, ainda, sem uma vacina e com poucas perspectivas de solução este ano, as eleições municipais que elegerão os próximos prefeitos, vices e vereadores, que serão empossados em janeiro do próximo ano mobilizam os bastidores da política. As eleições estão constitucionalmente marcadas para outubro próximo, mas devido a pandemia está em fase final no Congresso Nacional, aprovação de proposta de adiamento para dezembro, pois há muita rejeição pela prorrogação dos atuais mandatos, para coincidir com as eleições gerais de 2022, quando serão eleitos presidente da república e vices, governadores e vices, dois dos três senadores, Câmara Federal e Assembleias Legislativas.
Composição – No maior colégio eleitoral de Rondônia, Porto Velho, único município em condições de ocorrer eleições em segundo turno (334 mil eleitores nas eleições de 2018) e o mínimo é 200 mil, a mobilização já é intensa entre os dirigentes partidários. Pelo menos nove nomes, mais o do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que deverá concorrer à reeleição estão sendo cotados para a disputa, a princípio marcada para o primeiro domingo de dezembro próximo. E já existe comentários, que um grupo estaria juntando mais lideranças numa composição de ao menos oito partidos, tendo como cabeça de chapa o deputado federal Léo Moraes, presidente regional do Podemos. Além de Léo estariam na composição o senador Acir Gurgacz e o deputado federal Mauro Nazif, presidentes regionais do PDT e do PSB, respectivamente, e o ex-governador Daniel Pereira, presidente regional do Solidariedade.
Composição II – Nas eleições de 2016, Léo Moraes era deputado estadual, disputou o segundo turno com Hildon e foi derrotado. Em 2018 foi eleito deputado federal, o mais bem votado no Estado com 69.565 sendo a maioria doa votos na capital. Hoje formata-se uma aliança entre Léo, Acir, Nazif e o ex-governador Daniel Pereira. Nazif estaria fora de uma disputa direta, pois seu eleitorado é ligado ao funcionalismo público federal e não concorda com uma possível volta à prefeitura da capital, onde não deixou saudades. Léo não tem nada a perder. Tem, ainda, pouco mais de dois anos de mandato. Pereira, hoje superintendente do Sebrae-RO tem pretensões de voltar a governar o Estado em 2023. Acir estaria inelegível.
Composição – Não há dúvida que uma composição de lideranças consolidadas como Nazif, Acir, Daniel Pereira e o jovem Léo Moraes representa uma força política indiscutível numa eleição. No quadro exposto Léo seria o cabeça de chapa tendo como vice uma pessoa indicada por Acir, que poderá ser até Daniel Pereira. Pereira abriu mão de a possibilidade de uma reeleição a governador em 2018 em solidariedade a Acir, que acabou ficando inelegível. Caso a chapa seja eleita Pereira já poderia formatar uma candidatura ao governo em 2022, que é o seu objetivo futuro. Já Nazif, além de espaço na prefeitura teria apoio para se reeleger a federal. É um quadro viável e com amplas condições de sucesso. Quem viver verá...
Partidos – Trinta e dois dos trinta e três partidos políticos estarão recebendo os recursos do Fundo Eleitoral para a campanha política deste ano, que será realizada em dezembro e não em outubro, como estava programada a partir da próxima semana. O partido Novo, por decisão da diretoria não aceitou o Fundo. A distribuição aos partidos terá início no próximo dia 16 em parcela única. Serão liberados R$ 2.034.954.823, 96, sendo que o PT é o que mais receberá com valor acima de R$ 200 milhões e o PSL em seguida com pouco mais de R$ 193,6 milhões. O Brasil é um país diferenciado, onde o povo banca toda a estrutura política e até as campanhas eleitorais. É o fim da rosca...
Respigo
Homenagem das mais justas a recebida pelo advogado Clênio Amorim, da Corte Eleitoral do Tribunal Eleitoral de Rondônia, que atuou com juiz eleitoral representando a classe dos juristas nos biênios 1996/98, 1998/2000 e 2018/2020. O Dr. Clênio, além de competente é uma pessoa querida e respeitada em todos os segmentos da sociedade +++ O decreto do governo do Estado limitando as pessoas às ruas com a exigência de autorização escrita para circular justificando o descumprimento do isolamento em Porto Velho e Candeias do Jamari causou muita confusão junto à população. Assim como a posição mais radical para o isolamento, o governo deveria promover uma ampla campanha de conscientização, orientação e posteriormente a possibilidade de saída do isolamento somente com autorização, como se pode ser redigida à mão, quantidade de cópias, papel, formato, dentre outros itens +++ A população realmente tem uma grande parcela de pessoas irresponsáveis, que insiste em não seguir as orientações para se evitar uma propagação maior do coronavírus. Mas também é paciente e há um ano e meio espera por uma administração eficiente e voltada para o social do governo do Estado, pois é o povo quem paga os salários e banca toda a estrutura governamental pagando impostos, tributos e taxas.