Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 06/06/2020 às 09h46
As pessoas não devem acreditar que "esta doença será eliminada dentro de quinze dias ou um mês, pelo que temos de seguir as instruções (sanitárias) durante muito tempo", afirmou Rohani durante a reunião semanal da Comissão Nacional de Controlo da Pandemia, transmitida pela televisão estatal.
Segundo números oficiais, o novo coronavírus causou mais de 8.100 mortes no Irão, fazendo da República Islâmica o país do Médio Oriente mais afetado pela pandemia.
Desde que o pico mais baixo foi atingido, em 02 de maio, a tendência crescente de novos casos registados de covid-19 tem preocupado as autoridades, que estão a aumentar o número de avisos e a pedir à população para não esquecer que a doença ainda existe.
"Não temos uma segunda opção: temos de trabalhar, as nossas fábricas têm de estar ativas, as lojas têm de estar abertas (...) e a luta contra o vírus tem de continuar", acrescentou Rohani.
Sob pressão económica, nomeadamente devido às sanções dos Estados Unidos, que precipitaram a economia iraniana para a recessão muito antes da crise sanitária, as autoridades levantaram desde abril gradualmente as restrições destinadas a travar a propagação do vírus.
Desde há vários dias, a atividade regressou ao normal na maior parte das 31 províncias do país, ainda que com reservas.
"Temos de pôr termo a todas as reuniões, quer se trate de casamentos, funerais ou visitas familiares, até nova ordem", disse Rohani.
O Ministério da Saúde afirma ter registado um total de mais de 167.000 casos de Covid-19 no país desde que os primeiros casos foram comunicados, em fevereiro.
Os peritos estrangeiros, bem como alguns funcionários iranianos, suspeitam que os números oficiais são largamente subestimados.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 392 mil mortos e infetou mais quase 6,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.