Por Vanessa Moura/Secom
Publicada em 24/06/2020 às 14h08
Os 12 leitos de UTI do Hospital de Campanha de Rondônia, em Porto Velho, foram inaugurados oficialmente na manhã da quarta-feira (24). O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, destacou, durante a solenidade, que a unidade apresenta como diferencial uma estrutura permanente, usina de oxigênio própria, equipamentos completos e uma equipe competente para o enfrentamento da Covid-19.
‘’A missão é trabalhar com dedicação para salvar vidas e em uma estrutura de concreto que nos permite, ao término da pandemia, continuar a utilizá-la”, pontuou o governador.
‘‘É um modelo diferente, pois hospitais construídos Brasil afora serão destruídos após seis meses, mas esse vai ficar para nossa população. Agradeço a todos os profissionais de saúde que trabalharam arduamente para isso acontecer’’, reforçou o secretário de Estado de Saúde (Sesau), Fernando Máximo.
A aquisição do hospital foi elogiada pela deputada federal Mariana Carvalho, que faz parte da Comissão Externa de Enfrentamento ao Coronavírus. Ela destacou, ainda, a proatividade do governo em preparar Rondônia para combater a pandemia. ”Eu tenho que fazer um reconhecimento, pois antes mesmo de se pensar que o coronavírus pudesse chegar ao Brasil, fui procurada pelo governador e pelo secretário para que pudêssemos preparar o estado de Rondônia para evitar maior número de contágio e de mortes, e o governo não mediu esforços”.
São leitos de tratamento intensivo completos com bombas de infusão, ventiladores mecânicos, monitores multiparâmetros e demais itens pertinentes à assistência hospitalar, e ainda com o diferencial que o oxigênio não fica armazenando em cilindros, mas possui uma rede de abastecimento própria.
O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, destaca que a missão é salvar vidas
O que, segundo o fisioterapeuta Diego Cocco, ajuda em um melhor atendimento ao pacientes. “Permite manter a pressão contínua de ar comprimido e de oxigênio 24 horas por dia, sem interrupção’’.
Fernando Máximo destacou que, o fato da unidade já possuir usina de oxigênio, representa uma redução de 90% de custos com esse tipo despesa hospitalar.
Há, também, dois aparelhos de ultrassom na UTI do hospital, o que ajuda no diagnóstico e tratamento do paciente.
Os leitos de UTI, segundo o secretário, são inaugurados 49 dias após a assinatura do contrato. ”Um trabalho de excelente qualidade e em um tempo rápido”, considera Fernando Máximo.
A duração da reforma foi considerada rápida, também, pelo deputado estadual Ezequiel Neiva, que é presidente da Comissão Temporária Especial da Assembleia Legislativa (ALE/RO) criada para acompanhar situação fiscal, execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde pública frente à pandemia.
”Parabenizo o governador pela bela aquisição que foi feita em virtude de todo esse mal que nos assola. Ao invés de um hospital de campanha que duraria poucos meses, estamos com um hospital para muitos anos. Cinquenta dias [de reforma] foi muito rápido. Estivemos aqui várias vezes com a nossa comissão fiscalizando e acompanhando os trabalhos, e não teve como cobrar algo mais rápido ainda, nós queremos apenas parabenizar em nome do parlamento estadual”, considera.
O governador Marcos Rocha destacou o esforço conjunto no enfrentamento da pandemia em Rondônia e parabenizou os profissionais de saúde
O processo de aquisição do hospital e demais compras e contratações emergenciais em decorrência da pandemia podem ser acessados no Portal da Transparência do governo de Rondônia.
A seriedade com o recurso público ao adquirir o hospital também foi destacada pelo deputado estadual Jhony Paixão. ”Parabéns pela aquisição, pois somos praticamente o único Estado que o hospital de campanha após a pandemia vai permanecer. Outros estados gastaram mais em hospitais de campanhas que serão desmontados, e nada ficará para o contribuinte. Mas eis aqui uma aquisição séria, idônea, correta, mostrando compromisso com o povo”, considera.
O secretário Fernando Máximo ressaltou, ainda, que foi montada uma equipe competente para atender os 12 leitos, mas fez um apelo para que mais profissionais se coloquem a disposição. ‘‘Venham salvar vidas com a gente. Estamos com dificuldade de contratar médicos. Nossa perspectiva para quando terminar a obra, e é um pedido do governador, é que se monte mais leitos, e vamos precisar de profissionais. Estamos com processo emergencial temporário aberto, venham nos ajudar’’, pede o secretário.
A quantidade de leito deve ser ampliada nos próximos dias
ESTRUTURA COMPLETA
O governo de Rondônia adquiriu por R$ 12 milhões o prédio do Hospital de Campanha, antes funcionava como Centro Materno Infantil Regina Pacis, juntamente com equipamentos e a obra de reforma geral com readequação de leitos.
Os 12 leitos de UTI são os primeiros da obra da reforma que foram concluídos. A reforma dos demais blocos prosseguem e a estrutura completa do hospital deve ser entregue nos próximos dias.
De acordo com a diretora Sandra Maria Petillo Cardoso, o Hospital de Campanha é composto por, além dos 12 leitos de UTI, que será ampliado para 20, centro cirúrgico com três salas, sala de RPA (Recuperação pós Anestésica). E tem capacidade para 140 leitos no total. O hospital possui como diferencial uma usina de oxigênio que permite ofertar o mesmo em rede de forma contínua, sem há necessidade de cilindros.O que gera economia para o Estado.
Também estiveram presentes na solenidade o secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Pedro Pimentel, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel PM Valdemir Carlos de Góes, o superintendente Estadual de Comunicação, Lenilson Guedes, a diretora geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Ana Flora Camargo Gerhardt, o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel BM Demargli Costa Farias,o superintendente da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Jobson Bandeira, o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, o general-de-brigada Luciano Batista de Lima e o representante da Pensar Rondônia, Chico Holanda.