Por Montezuma Cruz/Secom
Publicada em 18/06/2020 às 13h22
O retorno dos profissionais de saúde pública de Rondônia aos seus postos de trabalho, notadamente os recuperados da Covid-19, deverá ocorrer aos poucos e dentro das possibilidades de cada um. É a recomendação, do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Há necessidade de cuidados especiais para o que classifica o engenheiro de segurança, Alan Ramalho Morais, a “volta com responsabilidade”.
“Na verdade, não está tudo bem ainda, nem há previsão de quando o antigo modelo de atendimento público voltará a funcionar como funcionava”, ele alerta. A Sesau também cuidará no sentido de controlar costumeiras reuniões e treinamentos, visando adequá-los ao Decreto nº 25.138.
Desde março, a maioria dos profissionais de todos os setores do Governo de Rondônia trabalham em home office (escritório em casa). O retorno presencial tem sido orientado mediante novas práticas, especialmente a higienização das mãos com álcool em gel 70%, e o uso de máscaras protetoras. Todos serão devidamente consultados quanto à vontade e reais possibilidades de trabalhar.
“Isso tem que ser respeitado e cumprido, porque o vírus está ativo e circulante e os servidores com mais de 60 anos precisam manter o distanciamento social”, diz o engenheiro.
Integrantes do grupo de risco ainda não voltaram a trabalhar em clínicas, hospitais, laboratórios e noutras dependências. O setor de engenharia e segurança tem aproximadamente 30 servidores, constituído de pessoas jovens, e apenas duas pessoas permanecem afastadas. “Bem verdade que estamos melhores que outros setores, onde há relativo número de idosos”, comenta Alan.
O engenheiro recomenda cuidados ao seu pessoal e, de modo geral, a todos os servidores. Por exemplo, observando a possibilidade de algum colega demonstrar sintomas gripais. Nesse caso a NR-32 [normas de saúde e segurança do trabalho em saúde] recomenda o urgente afastamento do servidor, observação das pessoas que possuíram contato com ele e higienização e sanitização do local em que era desenvolvido seu trabalho.
Foi o que ocorreu no âmbito das repartições de saúde em Rondônia. No entanto, a situação continua a exigir cuidados, mesmo com os efeitos do atual decreto, que autorizou a reabertura das atividades comerciais no Estado.
Outro aspecto a ser bem observado por órgãos de fiscalização é a recomendação quanto à suspensão de aglomerações, mesmo envolvendo rotinas de treinamentos entre servidores de forma presencial. “Caso haja a extrema necessidade do encontro, devem ser tomadas medidas como distanciamento e redução ao mínimo de pessoas possíveis”, destaca Alan.
O Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho ainda recomenda, que seja evitada, pelo menos nesse momento atual, a circulação dentro dos setores e secretarias.
Às chefias, recomenda-se o incentivo para que os servidores usem ferramentas como o SEI [Governo Sem Papel], telefone e correio eletrônico [e-mail] no envio e troca de informações e documentos. “É hora de repensarmos a maneira de se trabalhar, já que dispomos de muitas maneiras lógicas de desenvolver e nos tornarmos produtivos”, acrescenta Alan Morais.