Por Isto É
Publicada em 24/07/2020 às 09h24
O governo chinês ordenou, nesta sexta-feira (24), o fechamento do consulado dos Estados Unidos na cidade de Chengdu (sudoeste), três dias depois que Washington decidiu fechar o consulado da China em Houston, sob acusação de espionagem.
Essa decisão constitui “uma resposta legítima e necessária às medidas irracionais dos Estados Unidos”, afirmou o Ministério chinês das Relações Exteriores em um comunicado, sem informar se houve acusações específicas contra a missão dos EUA em Chengdu.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse na quinta-feira que o consulado chinês em Houston era “um centro de espionagem chinesa” e de “roubo de propriedade intelectual”.
O Ministério chinês não especifica quando a representação diplomática será fechada. No caso de Houston, o governo Donald Trump deu aos diplomatas chineses 72 horas para saírem.
“A situação atual nas relações sino-americanas não corresponde aos desejos da China, e os Estados Unidos são inteiramente responsáveis por isso”, denunciou o governo chinês, pedindo a Washington que “crie as condições necessárias para que as relações bilaterais voltem à normalidade”.
O governo chinês já havia anunciado retaliação contra o fechamento de seu consulado na cidade do Texas (sul).
A tensão entre a China e os Estados Unidos, já alimentada por disputas comerciais e por acusações mútuas sobre a origem da pandemia da COVID-19, aumentou nas últimas semanas com a imposição, por parte de Pequim, de uma lei de segurança nacional em Hong Kong.
Washington considerou que essa lei destrói a autonomia da antiga colônia britânica e tomou medidas de retaliação econômica contra a região autônoma chinesa. Pequim denunciou uma ingerência em seus assuntos internos.
– “Nova tirania” –
Aumentando a pressão, Pompeo pediu na quinta-feira às “nações livres” do mundo que se comprometam a triunfar sobre a ameaça do que ele considerou uma “nova tirania” pela gigante asiática.