Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 11/07/2020 às 11h23
Nas eleições gerais de 2018 votaram em Porto Velho mais de 330 mil eleitores. A capital é o único município do Estado com possibilidades de eleições em dois turnos, porque tem mais de 200 mil eleitores como exige a legislação eleitoral.
Como o Congresso Nacional decidiu que teremos eleições municipais (prefeito, vice e vereador) este ano, mas não em outubro e sim em novembro com o primeiro turno no dia 15 a movimentação em torno do processo eleitoral, pelos dirigentes partidários, ainda, não ganhou força, mas os bastidores estão movimentados.
Em novembro de 2019 tínhamos pelo menos uma dezena de políticos em condições de enfrentar às urnas na tentativa de eleger-se prefeito e boa parte em condições de realizar o sonho. São nomes expressivos, alguns emergentes, que já demonstraram potencial eleitoral, como o jovem advogado Vinícius Miguel (Cidadania) e o prefeito Hildon Chaves (PSDB), que não bateu o martelo sobre reeleição, mas dificilmente abrirá mão de a possibilidade.
Hildon disputou a primeira eleição em 2016 e chegou ao segundo turno na segunda colocação, com o hoje deputado federal Léo Moraes (Podemos) na frente e sendo considerado favorito. Hildon era um ex-promotor de Justiça, empresário da área educacional e disposto a administrar a capital. Venceu no segundo turno com tranquilidade.
Por enquanto Hildon nega que pretenda concorrer a um novo mandato, mas seu padrinho político, o ex-senador Expedito Júnior acredita, que o amigo não abrirá mão da tentativa de se reeleger.
Léo Moraes, que era deputado estadual em 2016, hoje é deputado federal e presidente regional do Podemos, partido que tem um dos líderes políticos mais decentes do país, o senador Álvaro Dias, que preside o Podemos em nível nacional é pré-candidato com enorme potencial de sucesso. É um nome a ser considerado e que está se preparando para as eleições.
O jovem advogado Vinícius Miguel foi a sensação eleitoral nas eleições a governador em 2018. Assim como Hildon em 2016, conseguiu a simpatia popular na capital, onde foi o mais bem votado com mais de 69 mil votos. Como não era muito conhecido no interior não conseguiu chegar ao segundo turno.
O ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade), hoje na presidência do Sebrae-RO é mais um pré-candidato com chances de sucesso nas eleições de novembro. Daniel foi deputado estadual, na época pelo PT, vice-governador de Confúcio Moura (MDB), que renunciou para candidatar-se e se eleger a senador e agora é pré-candidato pelo Solidariedade, partido que preside no Estado à sucessão municipal na capital. Está entre os favoritos pela seu histórico político e passagem positiva na presidência do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsef) de Rondônia.
Não há como ignorar a pré-candidatura do ex-prefeito, hoje deputado federal Mauro Nazif (PSB), que antecedeu a Hildon na Prefeitura de Porto Velho. A passagem de Nazif no comando do município não sensibilizou a maioria da população. Foi candidato à reeleição e não conseguiu chegar ao segundo turno. Ele sempre foi aliado dos servidores federais e tem forte apoio da categoria, que é grande na capital, mas que não apoia sua volta à prefeitura, pois ele é muito mais eficiente na Câmara Federal. Mas concorrendo é um adversário forte.
O deputado estadual pelo PSL de Porto Velho, Eyder Brasil já se manifestou que é pré-candidato a prefeito da capital. Nas eleições de 2018 foi bem votado em Porto Velho e acredita que terá sucesso na disputa da prefeitura. Como a administração do governador Marcos Rocha (sem partido), que Eyder tem como aliado não é das melhores, ele não terá uma missão das mais fáceis, caso seja candidato.
Experiente e conhecer dos problemas de Porto Velho, onde ele já foi vereador e presidente da Câmara Municipal, o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Hermínio Coelho, hoje no PV, não pode ser ignorado na tentativa de eleger-se prefeito da capital. Hermínio é um político agressivo, que não abre mão de suas prerrogativas e com ações positivas, tanto na câmara de vereadores, como na Ale. Se candidatar-se vai incomodar.
No bloco intermediário também temos nomes com condições de sucesso. O vice-prefeito Edgar do Boi (DC), que está rompido com o prefeito Hildon está na fila de pré-candidatos, assim como o ex-chefe de gabinete de Hildon, Breno Mendes (Avante), um nome novo, mas que vem trabalhando muito em busca de consolidar como pré-candidato, assim como Pimenta de Rondônia (Psol), que esteve sempre presente nas eleições anteriores, inclusive a governador.
O ex-deputado federal e presidente regional do PRB, Lindomar Garçon recentemente lançou sua pré-candidatura a prefeito de Porto Velho. Garçon foi derrotado por Nazif em 2012 e sempre demonstrou intenção de ser prefeito de Porto Velho. Ele já foi prefeito em Candeias do Jamari, onde iniciou sua carreira política, que o levou até a Câmara Federal. É uma aposta.
Fechamos a Opinião da semana com a pré-candidatura de uma mulher, por enquanto a única a demonstrar interesse em entrar na disputa pelo cargo máximo eletivo de Porto Velho, pelo menos por enquanto. A vereadora Cristiane Lopes (PP) poderá ser o fato novo na política da capital nas eleições deste ano. É jovem, tem potencial de voto e está pré-determinada a enfrentar as urnas numa candidatura à prefeitura, mesmo sabendo que tem uma reeleição à vereança tranquila.
O quadro atual da política à Prefeitura de Porto Velho é o apresentado. Certamente teremos mudanças até as convenções, que serão realizadas no período de 31 de agosto a 16 de setembro.
É uma grande pena que a matéria /artigo tenha ignorado a existência do único pré-Candidato oficial a Prefeito da da Capital, que é o servidor público federal RAMON CUJUÍ, do PT, escolhido por unanimidade no Encontro oficial do Diretório Municipal do Partido no último dia 05 de julho.