Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 15/07/2020 às 15h45
O Comando norte-americano para a África (Africom) afirmou em comunicado que "tem evidências claras de que o grupo Wagner, patrocinado e empregado pelo Estado russo, colocou minas terrestres e dispositivos improvisados" na capital da Líbia e arredores.
"As evidências fotográficas verificadas mostram armadilhas e campos minados indiscriminadamente nos arredores de Trípoli até Sirte, desde meados de junho", pode ler-se na nota.
O grupo Wagner, conhecido por ser próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, demonstra "um total desrespeito à segurança dos líbios", denunciou no documento o diretor de operações do Africom, Bradford Gering.
"As táticas irresponsáveis do grupo Wagner prolongam o conflito e são responsáveis por sofrimentos desnecessários e pela morte de civis inocentes. A Rússia tem o poder de prendê-los, mas não a vontade", acrescentou.
Washington acusa regularmente Moscovo de interferir no conflito na Líbia através da introdução de armas, incluindo aviões de combate, violando um embargo de armas decretado em 2011 pela ONU para o país do norte de África.
A Rússia, juntamente com os Emirados Árabes Unidos e o Egito, apoia o homem forte do leste da Líbia, o marechal Khalifa Haftar, que tenta tomar Trípoli pela força, desde abril de 2019.
A sua ofensiva sofreu grandes contratempos desde o início do ano e do envolvimento da Turquia com o adversário, o Governo de Acordo Nacional (GAN), com sede na capital da Líbia e reconhecido pela comunidade internacional.
A batalha está agora organizada em orno da cidade estratégica de Sirte, controlada pelos pró-Haftar.