Por Catraca Livre
Publicada em 15/07/2020 às 14h44
Depois que a Rússia anunciou uma vacina com previsão de distribuição para agosto, agora foi a vez dos Estados Unidos declararem que a vacina da empresa de biotecnologia Moderna entrará em fase final de testes em humanos.
O anúncio veio após a primeira fase de estudos mostrar resultados promissores. O imunizante foi capaz de produzir em todos os participantes anticorpos neutralizantes em níveis comparáveis aos encontrados em pessoas que tiveram a covid-19. Além disso, a vacina foi bem tolerada, sem reações graves.
Metade dos voluntários declarou reações leves ou moderadas, como cansaço, dores de cabeça, calafrios e dores musculares, segundo relataram os pesquisadores no The New England Journal of Medicine.
O início da fase final dos ensaios clínicos deve acontecer no próximo dia 27 e deve durar até 27 de outubro. Nessa última etapa, participarão 30.000 pessoas. Metade dos participantes receberá a vacina em questão e a outra metade, um placebo, sem efeito nenhum.
O estudo precisará mostrar que aqueles que receberam a vacina da Moderna tiveram uma probabilidade significativamente menor de contrair o vírus do que aqueles que receberam um placebo.
Se tudo isso se confirmar, restará uma autorização de uso de emergência, que é feita pelos órgãos reguladores. O cronograma da Moderna fala em distribuição a partir de 2021.
A corrida pela vacina
A vacina da Moderna foi a primeira contra o coronavírus a ser testada em seres humanos. Ela é uma das 23 potenciais vacinas em fase de testes clínicos em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Duas delas estão em fase final de testes no Brasil no momento. Tratam-se da CoronaVac – vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, produzida em parceria com o Intistuto Butantan – e a vacina de Oxford, que é apoiada pelo laboratório AstraZeneca.