Por Rondoniadinamica
Publicada em 23/07/2020 às 09h48
Foto: Daiane Mendonça / SECOM/RO
Porto Velho, RO – A situação surreal que contrapõe propaganda do governo Coronel Marcos Rocha, sem partido, e a realidade, passou a linha da preocupação banal.
Na última quarta-feira (22), a Superintendência Estadual de Comunicação (Secom/RO), publicou matéria institucional com o seguinte título:
A veiculação ocorreu dentro das 24 horas em que o estado registrou 31 mortes em decorrência da COVID-19 (SARS-CoV-2) para 2.302 casos confirmados da enfermidade.
Para se autoproclamar na vanguarda do “controle” da pandemia, o Palácio Rio Madeira, gerido por Rocha e seu estafe, levam em conta, principalmente, os testes rápidos adquiridos por Rondônia para detecção do vírus.
O Rondônia Dinâmica já apontou em editorial, inclusive, a falta de confiabilidade científica no produto confeccionado pelo laboratório chinês Hangzhou Realy Tech Co., Ltd, na venda milionária intermediada pela BuyerBR. A tratativa, no valor R$ 10,5 milhões, foi denunciada pelo Ministério Público (MP/RO) e está sendo analisada pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho.
Para piorar, a reportagem também abordou em duas ocasiões distintas que médicos de Cacoal, dirigentes de instituições de saúde, pediram “socorro” documentalmente tanto ao Legislativo quanto ao MP/RO. O Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (HEURO), sem aparato e destituído de médicos, colapsou.
Por fim, o último documento obtido exclusivamente pela redação demonstra que uma região inteira de Rondônia ou entrou em colapso ou está prestes a colapsar no quesito serviço público de atendimento e não pode mais receber pacientes de regiões aproximadas.
Ofício assinado pela promotora de Justiça Flávia Barbosa Shimizu Mazzini e encaminhado ao secretário-adjunto de Saúde (Sesau/RO) Nélio de Souza com a chancela de urgente fala em “saturação de leitos de UTI”.
No despacho em anexo, onde consta também a assinadora de outra promotora, Emilia Oiye, o órgão relata que o Município de Vilhena passou a rejeitar pacientes de cidades vizinhas, como, por exemplo, uma mulher que fora encaminhada para Porto Velho, Capital, a quase 800 km de seu local de origem, a fim de receber atendimento.
Ao fim, a dupla requisitou ao adjunto da Sesau/RO, que, “considerando a saturação de leitos [...] avalie a possibilidade e disponibilidade de leitos de UTI nas redes municipais mais próximas dos pacientes, prestigiando os princípios do SUS e interesse público”.
Com mais de três dezenas de mortos num único dia, quase dois mil e quinhentos infectados em 24h, pedidos de socorro registrados documentalmente por médicos e dirigentes de hospitais no interior, pacientes sendo enviados para locais a quase mil quilômetros de distância das suas casas e a satuaração dos leitos de UTI numa região inteira, o mundo real, apesar dos esforços da gestão Rocha, desmente com informações, dados e depoimentos de quem atua na linha de frente no combate ao Coronavírus, a propaganda institucional do governo Rocha quando apregoa para si um falso vanguardismo no controle da pandemia.
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