Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 21/07/2020 às 15h03
Cacoal – Não é somente as eleições a prefeito, que serão realizadas em novembro próximo, que mobilizam as atenções em Cacoal. Os dirigentes buscam nomes em condições de formar uma nominata forte, para garantir representatividade na futura composição de o legislativo municipal. O pioneiro, líder comunitário com destacada atuação na saúde, no social e no esporte, Clemerson Grego de Almeida está entre os pré-candidatos à câmara de vereadores. Ele é assessor do deputado estadual Cirone Deiró (Podemos), que já foi vice-prefeito e renunciou, porque se elegeu ao Parlamento Estadual, em 2018. Grego é filiado ao PSD e está entre os favoritos a ocupar uma das 12 vagas do parlamento mirim a partir do próximo ano.
Abusos – A situação do coronavírus no Brasil não está mais bem controlada devido a vários fatores, que são típicos dos brasileiros: a corrupção e a irresponsabilidade por não respeitar leis, que não é somente “virtudes” do cidadão comum, mas também de quem tem a obrigação de aplica-las com o rigor necessário. O recente caso do desembargador Eduardo Almeida Rocha Prado de Siqueira, de Santos, que se recusou a usar máscara em público, ofendeu moralmente o soldado que estava exercendo sua função, dentro da lei, e teve a ousadia de rascar a multa e, ainda, fez questão de se identificar, com a tradicional frase: “sabe com quem está falando”. Triste, mas é a realidade.
Abusos II – Continuando com o tema coronavírus, o desabafo do secretário de Saúde de Sorriso, um dos municípios mais desenvolvido no agronegócio do Mato Grosso, Luiz Fernando Machado deveria servir de exemplo a algumas de nossas autoridades, como o desembargador citado acima, e principalmente a uma minoria irresponsável de pessoas, que teima em não levar a pandemia a sério, dificultando o trabalho dos profissionais de saúde, do comércio, da indústria, do trabalho liberal e das atividades político-social. O momento é de dificuldades, pois o vírus em certos casos é letal e muitas mortes poderiam ser evitadas, porque irresponsáveis dificultam o trabalho de combate e controle da pandemia, desenvolvido desde a presidência da República ao vendedor de sorvete nas ruas.
Abusos III – O secretário de Saúde de Sorriso Luiz Machado foi taxativo e direto: “as pessoas não conseguem passar um fim de semana sem fazer festa, a gente se sente um tolo, como imbecil às vezes, pedindo para as pessoas não fazerem festas e depois, amanhã, por não conseguirem salvar a vida de quem ama, procuram culpados. A culpa é do médico, do enfermeiro, do prefeito...”, e foi mais além: “nós sabemos que é uma doença que mata, mas não há uma conscientização natural das pessoas. As pessoas ficam consternadas com as mortes, mas à noite fazem festa, aglomeração…”.
Abusos IV – Em Porto Velho e Ji-Paraná, por exemplo, toda semana são feitas intervenções em baladas lideradas e frequentadas por irresponsáveis, que cobram das autoridades, choram lágrimas de crocodilos quando morre um parente ou um amigo e no dia seguinte está “enchendo a cara”, se drogando e contribuindo diretamente para a transmissão agressiva da pandemia. Toda semana há registros de badaladas com dezenas de pessoas sem as mínimas condições de segurança para se evitar contágio pela doença. Será que esses “malandros” da Corte, inclusive autoridades máximas vão continuar proliferando o coronavírus, mesmo sabendo que não há vacina? O comércio, a indústria, o profissional liberal, que lutam para manter famílias não podem ser confundidos com esses marginais. O “exemplo” do desembargador Eduardo de Siqueira demonstra a dificuldade em ser honesto e exercer seu trabalho no Brasil. É o fim da rosca...
Respigo
Rondônia está em pleno verão amazônico (seca) e calor está de derreter o cérebro. Porto Velho tem registrado temperaturas em torno de 34 graus e sensação térmica de 37 graus +++ Ar-condicionado em casa, no carro e no trabalho não é luxo, mas sim necessidade. Ainda bem que no verão venta mais que no inverno amazônico (chuvas), mas mesmo assim o ar-condicionado está entre as prioridades, não luxo +++ Cacoal dirigido pela prefeita Glaucione Rodrigues (MDB) está entre os municípios com menor índice de óbitos pelo coronavírus. De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) até a última segunda-feira (20) eram sete óbitos no município +++ Na última semana Glaucione publicou decreto autorizando a venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes e teve que revogá-lo. No último final de semana a Polícia Militar (PM) teve muito trabalho para manter a ordem devido ao excesso de cachaça e de responsabilidade +++ Segundo a PM, foi um final de semana atípico, pois as pessoas saíram de casa e a criminalidade também. Como o povo não tem como se controlar, o decreto foi revogado e a venda de bebidas alcoólicas proibidas em bares, restaurantes e nos balneários onde se flagrou aglomerações de 50 pessoas ou mais e consumo de álcool em exagero.