Por G1
Publicada em 09/07/2020 às 16h06
O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, disse nesta quinta-feira (9) que o país proibirá a entrada de viajantes que estiveram nas últimas duas semanas em treze países, incluindo o Brasil.
A União Europeia já determinou a restrição de viagens por conta da pandemia de coronavírus, mas os países integrantes do bloco escolheram adotar medidas por conta própria (leia mais adiante sobre as restrições de viagem no continente).
Na Itália, os voos, diretos ou com escala, com origem ou destino a qualquer um destes países estão suspensos. Estão impedidos de desembarcar em território italiano todos os viajantes que, em um período inferior a 14 dias, estiveram por esses países:
Armênia
Bahrein
Bangladesh
Brasil
Bósnia-Herzegovina
Chile
Macedônia
Moldávia
Omã
Panamá
Peru
Kuwait
República Dominicana.
O ministro Speranza, após assinar a proibição, ressaltou que o governo escolheu "a linha de extrema cautela". "Para todos os outros países fora da União Europeia, e extra Schengen, continuam a ser obrigados a respeitar a quarentena", escreveu Speranza em uma rede social.
"A epidemia global está em sua fase mais aguda. Não podemos anular nossos sacrifícios feitos nos últimos meses."
A Itália chegou a ser apontada como epicentro da pandemia de coronavírus no mundo, ainda em março. O país foi um dos mais atingidos pela Covid-19 na Europa e acumulou, desde o início da epidemia, mais de 34,9 mil mortes pela doença e 242,3 mil confirmações, segundo os dados oficiais.
Restrições na UE
Os países da União Europeia (UE) aprovaram reabertura das fronteiras a partir de 1º de julho aos turistas de 15 países -- moradores do Brasil, Estados Unidos, Turquia e Rússia, por enquanto, têm o acesso proibido.
Antes dessa mudança, só estavam autorizadas as viagens essenciais.
A lista dos autorizados, que será revisada a cada duas semanas, inclui Argélia, Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia e Uruguai, além da China, mas o gigante asiático, sob critérios de reciprocidade, informou o Conselho da UE em um comunicado.
Foram usados critérios de saúde. O país de residência do turista, e não a sua nacionalidade, será o fator chave para determinar se eles poderão entrar ou não na União Europeia, de acordo com as autoridades.
Os 27 países que compõem o bloco europeu não são obrigados legalmente a adotar a resolução, mas se não fizerem isso, correm risco de ter as suas fronteiras com outros países da Europa fechada –portanto, dificilmente algum país terá uma política diferente.
Países europeus com políticas diferentes
Os esforços da UE para reabrir as fronteiras internas, especialmente entre os 26 países da área Schengen, que geralmente não têm nenhum controle, tem sido desigual. Moradores de algumas nações ainda têm acesso restrito a certos países.
A Grécia exige testes de Covid-19 para quem chega da França, Itália, Espanha e Holanda. Os visitantes precisam ficar em isolamento até que saiam os resultados desses testes.
A República Tcheca não aceita turistas de Portugal e da Suécia.
Os residentes do Reino Unido podem viajar a muitos dos países da UE, mas aqueles que não estiverem fazendo viagens essenciais precisam se isolar por duas semanas.