Por Paulo Sérgio/Secom
Publicada em 24/07/2020 às 10h59
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), através do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), reforça a importância da campanha “Julho Amarelo” com objetivo reforçar ações de prevenção, controle e vigilância das hepatites virais. Dia 28 de julho é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
A campanha Julho Amarelo foi instituída no Brasil pela Lei n° 13.802/2019. Em Rondônia, a Lei Estadual 3.766/2016 instituiu o calendário oficial do Julho Amarelo. Em Porto Velho, o vírus da hepatite tipo A, B e C são mais frequentes. Nos últimos três anos, 548 casos foram notificados e confirmados pela rede municipal de saúde. Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão preparadas para realizar o primeiro atendimento do paciente para o diagnóstico inicial da doença.
A rede de atenção básica municipal desenvolve ações informativas e educativas nas comunidades onde estão inseridas, o que auxilia numa maior conscientização da população com relação as hepatites virais. “Atualmente a maioria das pessoas infectadas pelos vírus das hepatites B e C desconhece seu estado de portador, o que ocasiona a perpetuação do o ciclo de transmissão destas infecções”, explica a diretora do DVS, Régia Martins.
Ainda segundo o DVS, o diagnóstico inicial para hepatites é de suma importância no tratamento adequado, pois diante da suspeita de hepatite, o diagnóstico envolverá a solicitação de exames laboratoriais para avaliar a doença hepática e os marcadores sorológicos virais”, reforça.
Além das atividades informativas, o município oferece suporte primário nas UBS e atendimento médico específico para pacientes com hepatites virais no Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Excepcionalmente esse ano, em razão da pandemia do coronavírus, as ações da campanha não estão sendo realizadas em campo, para evitar as aglomerações.
“Mesmo assim precisamos conscientizar a população sobre os cuidados que devemos adotar contra as hepatites. As atividades ficaram restritas a mídia virtual através de palestras e seminários, visitas técnicas às unidades, ações com ONGs, parcerias com o estado e realização de testes rápidos, que podem ser feitos nas unidades de saúde do município”.
O QUE É
A hepatite é uma doença que atinge o fígado causando inflamações leves, moderadas ou graves. Podem ter diversas origens como infecção por vírus, uso indiscriminado de medicamentos, álcool e outras drogas, doenças imunológicas e genéticas.
SINTOMAS
Geralmente, as hepatites causam infecções assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas. No entanto, quando existem sintomas, essa enfermidade pode apresentar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
TRANSMISSÃO
As hepatites podem ser classificadas em dois grupos de transmissão:
Hepatite A: Transmissão fecal-oral, esse grupo está relacionado às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.
Hepatite B e C: Este grupo de hepatites podem ser transmitidos através de relações sexuais, contatos sanguíneos ou compartilhamento de objetos perfurocortantes como agulhas, seringas, lâminas de barbear, utensílios de manicure, colocação de piercing e tatuagens, uso de drogas injetáveis ou inalados, além do risco de transmissão através de procedimentos cirúrgicos, odontológicos e hemodiálises.
TRATAMENTO
Não existe tratamento para a forma aguda da hepatite, neste caso, só é possível combater os sintomas como náuseas e vômitos com medicamentos e mantendo-se em repouso. Não existe também tratamento específico para hepatite A, já para hepatite B crônica podem ser prescritos medicamentos antivirais e para hepatite C são usados medicamentos antivirais tanto na fase aguda quanto na fase crônica.