Por Assessoria/Prefeitura
Publicada em 08/07/2020 às 10h37
Após décadas de ansiedade, pedidos da comunidade vilhenense e pelo menos dois anos de trabalho intenso da Prefeitura junto às esferas estaduais e federais, a restauração e adequação do Museu Casa de Rondon começou. Licitada pelo Governo do Estado com recursos do Ministério do Turismo, a obra é o primeiro investimento significativo que a Casa recebeu em seus mais de 100 anos de existência. No museu já há máquinas trabalhando na obra que envolve três ações no local: restauração do pátio, construção de um bloco administrativo e restauração do próprio museu.
De acordo com a empresa vencedora da licitação, a Construtora Ok, nesta semana estão sendo feitos os gabaritos da obra, limpeza do terreno, montagem de andaimes, terraplanagem e outros preparativos para edificação do pavimento e dos blocos previstos, bem como restauro da parte interna da casa.
“Estamos acompanhando de perto para garantir que esta parte importantíssima da história vilhenense seja resgatada e preservada. Ainda em 2016 eu sabia que poderíamos resolver esse impasse e, graças à dedicação de nossa equipe comprometida com o tema, após longos processos burocráticos, conquistamos a confiança da Aeronáutica, do Iphan, do Governo Federal, do Governo Estadual e dos vilhenenses para ver essa obra acontecer. Estamos em festa pela Cultura e História de Vilhena”, comenta o prefeito Eduardo Japonês.
Marcondes Cerrutti, secretário municipal de Turismo, Indústria e Comércio, explica que a articulação em Brasília e Porto Velho foi trabalhosa, mas valeu a pena. “Ligávamos quase diariamente para os responsáveis para tratar de documentos, liberações, remessas de cópias, explicações e justificativas. É uma vitória estarmos vendo as máquinas trabalhar”, comemora.
A administração do espaço será da Fundação Cultural de Vilhena, que fará o local se tornar um museu aberto à visitação com exposições temporárias e permanentes sobre Marechal Rondon, a história de Vilhena e de Rondônia, bem como dos indígenas que marcam o nascimento do município. “Essa área de convivência que o projeto prevê também permitirá que seja um local de visitação costumeiro das famílias e daqueles que há tantos anos estavam ansiosos para vir até a Casa de Rondon. Pretendemos, após a pandemia, realizar muitos eventos, mostras culturais, apresentações artísticas e fazer com que este ‘nascedouro’ do município seja irradiador da história local, estadual e até nacional”, revela Kátia Valléria, presidente da Fundação.
A previsão para conclusão da obra é de 180 dias. No pátio, a obra envolve pavimentação de 2 mil metros quadrados, subestação de energia, equipamentos de acessibilidade, alambrado de proteção, bicicletário, portão de acesso, estacionamento para carros e motos, painel de identificação na fachada, aplicação de grama em quase 300 metros quadrados, plantio de pelo menos 20 árvores nativas, implantação de oito bancos de concreto e diversas lixeiras, bem como recuperação dos mastros metálicos para bandeiras. Na entrada está prevista ainda uma foto ampliada de Cândido Rondon de modo a eternizar a célebre frase dita por Marechal Rondon: “Morrer se preciso for; matar nunca”.
O bloco administrativo terá área construída de 72 m² e vai conter seis banheiros, uma sala administrativa, cozinha e lanchonete. No prédio histórico as partes de madeira terão tratamento com cupinicida e haverá recuperação da cobertura, das esquadrias, dos pisos, revestimento, pinturas e forros, bem como refeitas as instalações elétricas, garantindo o pleno funcionamento da edificação. A execução será acompanhada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), com o objetivo de garantir o máximo de preservação do prédio e manutenção da arquitetura original, a partir dos elementos ainda existentes.