Por Agência Senado
Publicada em 14/07/2020 às 16h26
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) pediu, em pronunciamento nesta terça-feira (14), que o governo disponibilize mais recursos para o setor produtivo, especialmente as micros e pequenas empresas. Só assim, argumentou ele, as empresas terão condições de honrar seus compromissos e farão o dinheiro circular, o que, na opinião do senador, vai acelerar o processo de recuperação da economia depois que a crise sanitária estiver controlada.
Gurgacz acredita que injetar no setor produtivo o dinheiro parado em bancos, fundos e reservas de capital gerará os mesmos efeitos positivos proporcionados pelo pagamento do auxílio emergencial de R$600 a milhões de famílias em todo o país.
— R$ 122 bilhões já distribuídos nas mãos das pessoas já resultaram num crescimento de 14% no comércio varejista em maio sobre abril. No setor de vestuário, esse crescimento foi de até 100%. A previsão é que até setembro sejam injetados na economia, só com o auxílio emergencial pago às pessoas, mais de R$ 255 bilhões. Isso é equivalente a 3,5% do PIB nacional. Se esse dinheiro for direto para o consumo e se as empresas também obtiverem o crédito emergencial, tudo indica que a recessão poderá ser menor e que a recuperação da economia possa ser mais rápida que as previsões que nós estamos vendo no dia a dia — disse.
O senador sugeriu que seja dobrado o valor ofertado pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado para ajudar o microempresário a enfrentar a crise financeira decorrente da pandemia. Segundo o senador, os R$ 6,9 bilhões disponibilizados foram suficientes para atender apenas metade das mais de 120 mil empresas cadastradas para obter os empréstimos.
Gurgacz pediu também que o governo aumente as linhas de crédito do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), que já disponibilizou, desde o início da pandemia, R$ 1,8 bilhão. Além disso, ele defendeu a ampliação das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a flexibilização das regras para todo o setor produtivo.