Por Sintero
Publicada em 27/07/2020 às 09h15
Comemorado anualmente no dia 25 de julho, o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela é uma data utilizada para estimular e promover a reflexão sobre as desigualdades racial e de gênero, discutir sobre a necessidade do fortalecimento da luta das mulheres negras contra o racismo, o sexismo, a discriminação de classe e o preconceito. Além de evidenciar e promover as ações dos grupos e de organizações de resistência.
Símbolo de liderança, força e luta pela liberdade, Tereza de Benguela é um ícone da resistência negra do Brasil Colonial. Conhecida como “Rainha Tereza”, ela viveu no século XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso, e liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Tereza comandou a estrutura política, econômica e administrativa da comunidade, enfrentando diversas batidas da Coroa Portuguesa, tendo resistido bravamente à escravidão por mais de 20 anos. Em meados de 1770 foi morta, após ser capturada por soldados.
Posteriormente há quase 250 anos, a história de Tereza de Benguela ganhou projeção e, em 2014, foi instituído o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Teresa de Benguela. Mais do que uma data comemorativa, este dia é utilizado para celebrar a garra de Tereza e de tantas outras mulheres negras brasileiras que lutaram e ainda lutam para construção de um país justo e livre de toda intolerância racial.
O Sintero, através da Secretaria de Gênero e Etnia, exalta este dia e orgulha-se de contribuir tão grandemente com o debate no Estado de Rondônia, promovendo e levantando pautas recorrentes sobre o racismo, feminismo negro e violência contra a mulher negra nas reuniões, rodas de conversas e audiências públicas.
Para o Sintero, enaltecer o papel da mulher negra e relembrar sua história de luta, significa contribuir com o empoderamento feminino e levar voz para aquelas que mais precisam. Essas mulheres assumiram um protagonismo extraordinário, pois encorajam e preparam as demais mulheres para questionar, apontar problemas, propor alternativas e se engajar em mudanças urgentes para alterar os alarmantes dados de violência e opressão que assolam a comunidade negra.