Por Geovani Berno
Publicada em 31/07/2020 às 16h03
No inverno de 1935, mais precisamente no dia 31 de julho nascia meu pai, GLACIR JOSÉ BERNO. Ele nos deixou muito cedo, em 16 de novembro de 1990, com apenas 55 anos, vitimado pelo câncer de pulmão. São quase 30 anos de saudade que não se esgota, só é amenizada por saber que estás bem e feliz.
Este magrão, juntamente com minha mãe, foram, e são, exemplos de vida, pois apesar de seu pouco estudo, de tudo fizeram para que eu e meus irmãos tivéssemos a melhor formação possível.
E a minha educação não começou na escola. Começou em casa, onde recebi princípios, corretivos (incluindo palmadas e cintadas) e a valorização do trabalho. Comecei cedo auxiliando da forma que podia no açougue que tínhamos, além dos estudos, o trabalho. Sempre.
Fiz todo este preâmbulo para dizer que você, meu velho, faz falta pela presença física. Mas apesar do pouco tempo em que estivemos juntos, você deixou o seu legado, a sua marca. E tenho certeza que pela sua luta, sua conduta profissional e ética estão marcados em meu DNA para sempre.
Procuro honrar cada dia os ensinamentos recebidos, trabalhando sempre na promoção do bem do próximo, sem passar por cima de ninguém, apesar das sacaneadas que levamos dos não éticos. Mas a vida é assim. Você me ensinou a perdoar sempre, meu velho.
Lembro de um dos poucos sonhos que tive com sua presença em que você apareceu envolto em uma luz muito forte, me abraçou e me beijou. A partir daquele momento tive a certeza absoluta de que estavas bem e que não era para nos entristecermos.
Por isso, no dia de hoje em que comemoraríamos teus 85 anos, te desejo o que sempre te desejei: muita luz pois sei que estás em um lugar muito especial reservado pelo nosso criador. Lembranças sim, pai. Tristezas, não. Que Deus nos ampare sempre e até o nosso reencontro. Beijos do teu sempre "Vani".