Por France Presse
Publicada em 31/08/2020 às 14h53
Lituânia, Estônia e Letônia colocaram em uma lista negativa, nesta segunda-feira (31), o presidente de Belarus, Alexandre Lukashenko, e outros 29 funcionários de seu governo por uma suposta fraude eleitoral e repressão de manifestantes.
Os países bálticos, membros da União Europeia (UE) e da OTAN, quiseram unir suas forças para apoiar os manifestantes do país vizinho, que iniciam a quarta semana de protestos após a polêmica reeleição de Lukashenko, em 9 de agosto.
"Nossa mensagem é que não basta apenas fazer declarações, é preciso tomar medidas concretas", disse à AFP o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Linas Linkevicius.
Os 29 funcionários que também foram incluídos nessa lista são da comissão eleitoral, ministérios e forças de ordem.
Segundo Linkevicius, as listas podem aumentar em breve.
Seu colega da Estônia, Urmas Reinsalu, destacou que os países bálticos "demonstram estar abordando com maior seriedade as violações aos direitos humanos em Belarus".
A UE também prevê proibições de acesso e bloqueio de ativos para cerca de 20 funcionários bielorrussos, mas a lista precisa da aprovação dos 27 Estados-membros.
Alguns países ocidentais da UE consideram que sancionar Lukashenko poderia travar os esforços parar criar um diálogo entre as autoridades e a oposição, além de aproximar o presidente bielorrusso da Rússia.
Ocupados pela antiga URSS no passado, os países bálticos pertencem todos à zona do euro. Letônia e Lituânia têm fronteiras comuns com Belarus.
A Lituânia, que liderou a diplomacia europeia em relação a Belarus, também oferece refúgio à líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanóvskaya.