Por G1
Publicada em 18/08/2020 às 15h06
O Serviço Postal dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (18) a suspensão de mudanças operacionais no sistema de entregas até depois das eleições presidenciais marcadas para 3 de novembro. Críticos diziam que tais medidas causariam atrasos na contagem dos votos por correio.
A decisão veio após mais de 20 estados anunciarem que processariam o Serviço Postal para forçar a interrupção das mudanças. Parlamentares democratas e procuradores estaduais alegam que o sistema de correios precisaria ter o funcionamento mantido para os eleitores que preferem não votar presencialmente com o avanço da Covid-19 nos EUA, país mais atingido pelo novo coronavírus em números absolutos.
Tentando a reeleição, o presidente Donald Trump — que costuma votar por correio — vem criticando o sistema de votação não presencial e pedia por mudanças. No sábado, o presidente disse que "uma votação por correio generalizada seria uma catástrofe".
Com isso, a agência reguladora interna do Serviço Postal investiga cortes de gastos que atrasam entregas, a pedido da senadora democrata Elizabeth Warren. O inspetor-geral do órgão também vai examinar possíveis conflitos de interesse envolvendo o novo diretor-geral, Louis DeJoy, que doou US$ 2,7 milhões para Trump e seus colegas republicanos.