Por Agência Brasil
Publicada em 12/09/2020 às 10h36
O clássico deste sábado (12) entre Santos e São Paulo, às 19h (horário de Brasília), na Vila Belmiro, pela 10ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, tem Cuca como personagem. Atualmente no Peixe, onde está em alta, o técnico comandava o Tricolor há um ano, vivendo sob pressão nos bastidores e lidando com críticas da torcida.
Em setembro de 2019, Cuca passou por um mês tumultuado no São Paulo, com apenas uma vitória, dois empates e três derrotas. O último dos tropeços, em casa, para o Goiás, fez o técnico ser demitido, apenas cinco meses após ter iniciado o trabalho no Morumbi, alcançando menos de 50% dos pontos conquistados. Na primeira passagem do treinador pelo clube, em 2004, o aproveitamento dele foi de 64%.
O técnico só voltou a trabalhar 11 meses depois, no Santos. Cuca assumiu o Peixe no lugar do português Jesualdo Ferreira, demitido após a eliminação no Campeonato Paulista, para a Ponte Preta. Com quatro vitórias, dois empates e três derrotas na Série A, ele tem mantido a equipe próxima ao G-6 e se destacado na gestão do elenco. O Alvinegro está em sétimo, com 14 pontos. A vitória da última quarta-feira (5), por 3 a 1, sobre o Atlético-MG, na Vila, aumentou a moral com a torcida e a diretoria, que não engoliram a saída do ex-treinador Jorge Sampaoli para o Galo.
Para o reencontro com o Tricolor, Cuca terá os desfalques do lateral Felipe Jonathan, fora pelo terceiro cartão amarelo, do zagueiro Luiz Felipe, com uma lesão na coxa, e dos atacantes Kaio Jorge e Rainel, infectados pelo novo coronavírus (covid-19). Já os zagueiros Lucas Veríssimo e Luan Peres e o volante Alison, que cumpriram suspensão na quarta-feira, retornam. Luan, inclusive, deverá ser a opção para o lado esquerdo da defesa, devido à ausência de Felipe Jonathan.
O provável Santos para o clássico terá João Paulo; Madson, Lucas Veríssimo, Alex Nascimento e Luan Peres; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez; Marinho, Lucas Braga e Yeferson Soteldo.
Do lado são-paulino, Fernando Diniz ainda busca regularidade no trabalho que iniciou no mesmo dia em que Cuca deixou o Morumbi. A eliminação nas quartas de final do Paulista para um Mirassol que perdeu 18 atletas na paralisação devido à pandemia o deixou ameaçado. O desempenho no Brasileirão, com o time em terceiro lugar, tendo os mesmos 17 pontos de Internacional e Flamengo, dá força ao técnico, apesar de oscilações como na quarta-feira, quando a equipe teve a chance de assumir a ponta e ficou no 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, em casa.
Como volta a jogar pela Libertadores na próxima quinta-feira (17), no Morumbi, contra o River Plate, da Argentina, Diniz não descartou poupar jogadores no clássico. Quem dificilmente ficará fora é o atacante Luciano, já que tem de cumprir três jogos de suspensão na competição continental. A punição é de quando ainda defendia o Grêmio. O lateral Igor Vinícius, que recebeu o terceiro amarelo na vitória sobre o Fluminense, no domingo passado (6), não encarou o Bragantino e volta a ficar à disposição para enfrentar o Santos.
Sem o lateral Daniel Alves (que tem atuado como meia no São Paulo), o meia Liziero e o atacante Pablo, todos contundidos, Diniz deve escalar o Tricolor com Tiago Volpi; Igor Vinicius, Diego Costa, Léo e Reinaldo; Tchê Tchê, Gabriel Sara, Hernanes e Paulinho Boia; Vitor Bueno e Luciano.
Santos e São Paulo terá transmissão da Rádio Nacional a partir das 18h30, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagens de Bruno Mendes. Você pode ouvir o jogo aqui:
Mais cedo, às 16h30, outro clássico abre a 10ª rodada do Brasileiro. Na Arena da Baixada, o Athletico-PR encara o Coritiba em duelo entre times que figuram na zona de rebaixamento. Sem vencer desde a segunda rodada, o Furacão somou apenas dois pontos nas últimas sete partidas, é o 17º colocado, com oito pontos. O Coxa tem a mesma pontuação, mas fica em 18º pelo saldo de gols ser pior que o do rival.
As equipes se reencontram pela primeira vez desde as finais do Campeonato Paranaense, vencido pelo Rubro-Negro no último dia 5 de agosto. De lá para cá, os dois times mudaram as comissões técnicas. O Coxa, que largou na Série A com quatro derrotas seguidas, demitiu Eduardo Barroca e contratou Jorginho. O Furacão mandou Dorival Júnior embora em 28 de agosto, após uma sequência de quatro tropeços consecutivos. Eduardo Barros, treinador da base, tem dirigido o Athletico de forma interina.