Por Rondoniadinamica
Publicada em 24/09/2020 às 09h02
Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério, do DEM, quando pôde fazer algo prático para frear o ímpeto do Supremo Tribunal Federal (STF) optou por não fazê-lo.
Em abril de 2019, ele foi um dos “coveiros” da matéria quando o tema fora analisado no âmbito da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Agora, pouco depois de tornar-se o vice-líder do governo Jair Bolsonaro, sem partido, no Congresso Nacional, Rogério volta as baterias em direção à Suprema Corte de forma costumeira, agindo como espécie leão de chácara institucional do mandatário do Planalto.
O problema é que os discursos de Rogério, embora bem redigidos, arrojados e lidos pelo congressista com sua voz empostada de locutor, são inócuos. Servem apenas para alimentar a sanha do espectro direitista, conservador, enfim, daqueles que apoiam o presidente da República.
No mundo real, não tem efeito.
Efeito mesmo teria se tivesse se manifestado, lá atrás, a favor da CPI da Lava Toga: coisa que não fez. Pelo contrário, manifestou-se no mesmo sentido de figuras como, por exemplo, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Só nesta semana, é a segunda vez que o demista faz ataques ao ministros do Supremo em suas redes sociais.
Desta feita, anotou:
“Enquanto o Congresso Nacional decide, por maioria, ao lado do conservadorismo, negando por exemplo a descriminalização das drogas e do aborto. O Supremo Tribunal Federal avança cada vez mais em sentido contrário, numa linha totalmente progressista”, destacou.
E prosseguiu:
“No entanto, é preciso entender que a sociedade brasileira é conservadora. E isso foi provado nas urnas, com a eleição do Presidente Jair Bolsonaro, o que reforça o combate a pautas de esquerda, como a doutrinação ideológica, a banalização da vida humana, pela legalização do aborto e das drogas, e a rejeição do enfraquecimento da política penal”.