Por Folha do Sul
Publicada em 04/09/2020 às 11h19
Apesar de muitos defenderem a prorrogação das eleições municipais deste ano, devido a crise sanitária que o mundo enfrenta por conta do novo Coronavírus, a Justiça Eleitoral bateu o martelo e manteve a programação. No entanto, isso não mudou a opinião daqueles que acreditam que não somente as campanhas, mas também a ação de votar, fortalece ainda mais o risco de contaminação.
Tendo em vista as divergências de opiniões sobre o tema , a reportagem do Folha do Sul On line buscou, junto ao site oficial do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia, informações que pudessem apontar em números, o prejuízo que o medo da contaminação pelo vírus pode causar nas eleições deste ano, caso os eleitores com idades de 16 a 17 anos e os acima dos 70, a quem é dado o direito ao voto facultativo, decidam não comparecer às urnas.
Segundo os dados cadastrados no site do TRE, somente em Vilhena, 4.023 dos 61.182 eleitores estão dentro das faixas etárias que tornam o ato de votar opcional, mas este número mais que dobra, se contabilizado com os outros seis municípios que formam o Cone Sul, chegando a 8.088 isenções de obrigatoriedade, do total de 106.741 títulos válidos.
Além das abstenções que podem ocorrer com relação as faixas etárias, há também os leitores cadastrados como analfabetos, que gozam do mesmo direito e que somam, nos sete municípios, o total de 4.742, distribuídos em todas as idades, que pode aumentar ainda mais o desfalque no número de votantes, caso estes também decidam se abster.
Sem contar, o número natural de eleitores faltosos também em idades diversas, por nem todos estarem em suas sessões no dia da votação e que nas eleições suplementares de 2017, somaram, só em Vilhena, 1.456. Em todo o Cone Sul, as abstenções chegaram a 2.404 no pleito de 2016.
SEM RISCO
Além de adotar medidas de segurança, justamente para evitar que a abstenção aumente, a Justiça Eleitoral esticou em uma hora o período para que o eleitor possa comparecer às urnas.