Por AFP
Publicada em 29/09/2020 às 09h27
O novo confinamento decretado em Israel para combater a maior taxa de contaminação por coronavírus do mundo será prolongado após as três semanas anunciadas inicialmente, advertiu o ministro da Saúde.
"Não há nenhuma possibilidade de suspendermos todas as restrições em 10 dias para afirmar que tudo acabou, que está tudo bem ", declarou o ministro Yuli Edelstein à rádio pública Kan.
"Desta vez, observando o que aconteceu em abril, vamos sair (do confinamento) de forma gradual e responsável", completou.
Israel apostou em sua boa gestão da pandemia durante a primeira onda de contaminação e suspendeu rapidamente as restrições para ajudar a economia.
Mas o país de nove milhões de habitantes registrou nas últimas duas semanas a taxa mais elevada de contaminação por coronavírus do planeta, de acordo com dados da AFP, e determinou um confinamento generalizado a partir de 18 de setembro, que ficou ainda mais rigoroso uma semana depois.
O ministério da Saúde israelense registrou oficialmente 233.554 casos, incluindo 1.507 mortes, e mais de 8.200 novos casos apenas na sexta-feira.
"Eu afirmo aqui e agora, e nenhuma pressão mudará as coisas, a abertura da economia e de nossas vidas será gradual e lenta", disse Edelstein.
Até 11 de outubro, as escolas, sinagogas e instalações de lazer permanecerão fechadas e apenas setores considerados "essenciais" terão as atividades autorizadas. Israel anunciou na sexta-feira novas restrições aos voos internacionais.
As orações ao ar livre também estão limitadas a 20 pessoas e a menos de um quilômetro de casa, assim como as manifestações.