Por Rondoniadinamica
Publicada em 18/09/2020 às 10h26
Porto Velho, RO – Breno Mendes, do Avante, é de fato o candidato do Palácio Rio Madeira.
A situação tornou-se oficial após a realização da convenção municipal do Patriota, partido presidido em Rondônia por Marcelo Cruz, deputado estadual.
Mas foi a primeira-dama, Luana Nunes de Oliveira Santos, vice da legenda em âmbito estadual, e mais conhecida apenas como Luana Rocha, esposa do governador, quem deu o tom de protagonismo ao evento convalidando também o posicionamento político do marido.
Eyder tem o dinheiro do PSL, mas não o apoio do Palácio / Reprodução
Em determinado momento, Rocha passou a acompanhar tudo via videoconferência; participou ao discursar durante poucos minutos exaltando Luana e relembrando a participação do vice de Breno Mendes, o pastor Jozinélio Muniz, em sua companha de 2018.
O chefe do Executivo denominou Muniz como seu “irmão em Cristo”.
Em outra passagem, é mais claro ainda ao se despedir:
“[...] Breno Mendes, que é nosso pré-candidato a prefeito da nossa querida e amada cidade de Porto Velho [...]”.
Aparição de Marcos Rocha na convenção do Patriota sacramentou apoio do Palácio a Breno Mendes / Reprodução
Com isso, há duas constatações: a primeira, diz respeito à nova postura de Marcos Rocha, que, de maneira inédita, resolveu dissociar suas ações das encampadas pelo presidente da República Jair Bolsonaro, também sem partido.
Bolsonaro declarou em suas redes sociais que não referendaria candidaturas no primeiro turno das eleições municipais de 2020; o coronel, por outro lado, divorciou-se dos caminhos abertos pelo comandante da União, sacramentando, desde agora, sua irrestrita participação na campanha de Mendes rumo ao Palácio Tancredo Neves.
O segundo ponto é a institucionalização do “passa-fora” em Eyder Brasil (PSL), seu parceiro de primeira hora há dois anos, quando deflagrou a participação do pleito que o consagrou governador de Rondônia.
O ex-colega de legenda, ainda líder do governo na Assembleia Legislativa (ALE/RO), esteve, sim, nas “trincheiras” quando Rocha sequer imaginava alcançar o posto ao qual fora alçado após o abrir das urnas no segundo turno travado contra Expedito Júnior (PSDB) à ocasião.
Entretanto, a postura inédita tem nome e sobrenome: Jair Montes, do Avante, partido que lançou Breno Mendes na disputa pela sucessão de Hildon Chaves (PSDB) este ano.
Foi o deputado, colega de Eyder Brasil, que conquistou recentemente a função de vice-líder da gestão Rocha no Legislativo, assumindo, em muitas ocasiões, os “pepinos” aos quais o parceiro da ALE/RO não se dispôs a assumir.
Com isso, colheu os louros, e um deles é ter à disposição de Mendes o homem que manda na máquina administrativa do Estado.
Eyder Brasil deflagou guerra contra Mendes em grupo do WhatsApp / Reprodução
A decisão, que já estava tomava, foi indigesta para Brasil, que não se conteve e declarou guerra ao nome escolhido por Montes e defendido por Rocha, conforme publicado exclusivamente pelo jornal eletrônico Rondônia Dinâmica.
Com o tom beligerante posto à mesa entre abraços, afagos, tapinhas nas costas e facadas na nuca, a disputa já começou. E o pontapé inicial foi dado em projeção nada amistosa.