Por Rondoniadinamica
Publicada em 01/09/2020 às 11h30
Porto Velho, RO – O tesoureiro do Conselho Federal de Medicina (CFM) José Hiran da Silva Gallo, próximo presidente da entidade, concedeu entrevista ao historiador Francisco Matias na Rádio Caiari durante a veiculação do programa “A Voz do Povo”.
Entre os assuntos abordados, Hiran Gallo comentou, segundo o site Rondonoticias, a respeito da demora na entrega dos kits chineses para detecção do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) a Rondônia.
O Rondônia Dinâmica contou parte da história envolvendo o contrato milionário travado pela gestão Coronel Marcos Rocha, sem partido, com a empresa intermediadora BuyerBR, alvo da investigação deflagrada pela Operação Polígrafo via Polícia Federal (PF).
Gallo fala sobre Rondônia no minuto 11 do vídeo / Reprodução-Canal Rondoniaticias (YouTube)
Além disso, Gallo foi enfático ao discordar da compra do hospital particular Regina Pacis, usado como Hospital de Campanha, e também comprado por cifra milionária pelo Estado de Rondônia levando a cabo o Decreto de Calamidade Pública.
“Vou citar um erro aqui do Estado de Rondônia. E eu vou ser muito claro com você: estou aqui há mais de 40 anos como médico. Aí compraram um hospital, agora recente, aqui na Capital. Escreveram na porta lá e está hoje: Hospital de Campanha [refere-se ao Regina Pacis]. Só pra justificar aquela compra desnecessária, do meu ponto de vista. Este é meu ponto de vista”, sacramentou.
Por fim, regionalmente falando, o médico abordou a postura do secretário de Saúde Fernando Máximo à época em que este providenciou uma barreira sanitária no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira.
De acordo com a visão de Gallo, a postura ocorreu estritamente por vontade midiática, porquanto, ainda segundo o especialista no setor de saúde, foi o único do mundo a ter aquele tipo de barreira.
“Outra coisa: aquela barreira sanitária no aeroporto. Aquilo é “enxugar gelo”. Pega um bocado de profissionais da Saúde, brilhantes profissionais, põe três policiais que poderiam estar policiando a rua, as nossas ruas que estão desprotegidas [...]”, anotou.
Em outra passagem, pontuou:
O único aeroporto do mundo que teve aquela barreira, do mundo! Na realidade, o que ele quer? Com todo respeito ao secretário [refere-se a Fernando Máximo]: é midiático! Aquilo ali é midiático, do meu ponto de vista. Não resolve nada, é enxugar gelo”, concluiu.