Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 10/09/2020 às 14h55
Eleições – O período é movimentado junto aos dirigentes partidários, pois estamos em pleno período de convenções para escolha dos candidatos a prefeito, vice e as nominatas de vereador, que estarão concorrendo nas eleições de novembro próximo. Como o período de convenções iniciado na última segunda-feira (31) será encerrado no próximo dia 16 a correria é grande e a busca por composições predomina nos bastidores da política. Como não teremos coligações na candidatura proporcional (vereador) as negociações ganham espaço e diariamente se tem notícias de a possibilidades de alianças, que princípio seriam consideradas impossíveis, mas acabam se concretizando, pois em política, nada é impossível.
Coligações – Um dos assuntos que predominou desde o início da semana, juntamente com a realização de algumas convenções partidárias, que já formalizaram os nomes dos candidatos, é a possibilidade de uma parceria entre o deputado federal Léo Moraes, que preside o Podemos no Estado e a mais recente revelação na política estadual, o advogado Vinícius Miguel (Cidadania), destaque nas eleições ao governo do Estado em 2018. Ambos já demonstraram que são bons de votos. Vinícius não tem mandato, mas despontou como liderança eleitoral quando concorreu a governador em 2018 e foi muito bem votado na capital, mesmo sem nunca ter participado ativamente da política partidária.
Parceria – Os dois jovens e líderes políticos de Porto Velho estiveram reunidos durante a semana tratando da viabilidade de uma parceria, diálogo normal, pois política é a arte de negociar. O problema, no caso de união entre os dois jovens é saber quem será o candidato a vice. Ambos têm envergadura eleitoral mais do que suficiente, para liderar uma robusta coligação na sucessão municipal da capital, onde dificilmente a eleição será decidida no 1º turno. Em 2016, Léo disputou a prefeitura e foi para o segundo turno com o hoje prefeito, Hildon Chaves (PSDB). Na ocasião, Léo somou 56.656 votos, 26,12% dos votos válidos para um colégio eleitoral de pouco mais de 319 mil eleitores.
Parceria II – Nas eleições a governador de 2018, o eleitorado da capital estava em torno de 330 mil eleitores. Vinícius Miguel entrou na disputa como franco atirador, sem agressões, com propostas simples, porém viáveis, palpáveis. Inteligente, bem preparado ele conseguiu um ótimo desempenho nos debates e acabou conquistando a maioria do eleitorado de Porto Velho. Miguel somou 69.820 votos, 30,28% dos votos válidos da capital, contra 46.939 (20,35%) dos votos válidos do segundo colocado, o coronel Marcos Rocha, que foi para o segundo turno e hoje governa Rondônia. Na soma de votos entre capital e interior, Expedito Júnior (PSDB) foi o primeiro colocado e Rocha o segundo. No segundo turno Rocha superou a Expedito. A união entre os dois jovens políticos hoje, seria até natural. Em política é fundamental somar, dividir jamais. Léo e Miguel estão praticamente numa mesma faixa eleitoral. O ideal é que ambos sejam adversários no primeiro turno e, caso um deles vá para o segundo turno, firmar uma parceria. Certamente a maioria dos eleitores aprovaria.
Energisa – Os usuários de energia elétrica em Rondônia continuam sendo extorquidos pela Energisa, empresa que domina setor no Estado. E o povo, no qual se incluí o colunista, está na lista de explorados e pede socorro ao presidente da CPI da Energisa da Assembleia Legislativa, deputado Alex Redano (PRB-Ariquemes). No apartamento onde moramos a conta de energia com vencimento em julho foi R$ 290, de julho R$ 374 e de setembro R$ 473. O AP é ocupado por duas pessoas (idosas) e não ocorreu nada anormal durante o período, devido a rotina do coronavírus. Uma senhora, proprietária de apartamento no mesmo prédio, está com o imóvel desocupado há dois meses e pagou R$ 77 em cada mês, porque não tem uma lâmpada acesa. O AP continua desocupado e a conta deste mês é de R$ 370. É assalto a mão desarmada, nem precisa arma...
Respigo
Todos os anos o problema é o mesmo e pouco, ou quase nada é feito para se resolver a situação das queimadas criminosas em Rondônia. E elas não ocorrem somente na área rural, mas nas cidades também poluindo e comprometendo o meio ambiente +++ Este ano a situação é mais grave devido ao coronavírus, que ataca diretamente o aparelho respiratório prejudicando com mais intensidade idosos, crianças e pessoas com problemas de asma, bronquite e outras situações pulmonares e doenças crônicas. Infelizmente, mesmo com toda a tecnologia disponível existente os criminosos do fogo continuam poluindo os céus de Rondônia e ajudando a aumentar os prejuízos com a fauna, flora e humanos +++ O problema existe, é grave, crescente e precisa ser solucionado, pois todos os anos, em agosto e setembro fica difícil respirar ar puro em todo o Estado devido a fumaça. Hoje o mundo pode ser destruído com o apertar de um botão, mas certamente a corrupção, que campeia de Norte a Sul, Leste e Oeste do país impede, que as queimadas sejam controladas em locais já desmatados e proibidas na floresta tropical +++ Triste realidade de um grande país chamado Brasil. Pena que boa parte do seu povo prefere o ilícito que o trabalho, a decência, a honestidade, até prova em contrário...