Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 16/10/2020 às 15h03
Gangorra – Situação melancólica a da prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues (MDB), que foi presa pela Polícia Federal (PF), na Operação Reciclagem, no dia 25 de setembro, acusada de corrupção e, apesar de incursões jurídicas tentando a liberdade, sem sucesso, continua detida com mais dois prefeitos: Marcito Pinto (PDT), de Ji-Paraná e Gislaine Lebrinha (MDB), de São Francisco do Guaporé, presos na mesma operação. Marcito, coerente, abriu mão de uma candidatura à reeleição e Glaucione chegou também desistir, mas pela segunda vez voltou atrás. Lebrinha estava fora das eleições deste ano, porque foi reeleita em 2016. O ex-deputado estadual e esposa de Glaucione, também foi preso na mesma ação da PF. Até aí, morreu Neves.
Gangorra II – Sentindo que não teria chances de concorrer, após tentar, através de liminares retornar ao cargo e responder pelas acusações no exercício do mandato, Marcito renunciou e a coligação liderada pelo PDT já tem outro candidato em campanha, o professor Julian Cuadal, que foi apresentado no início da semana pelo presidente regional do partido, o senador Acir Gurgacz. Medida correta e coerente de Marcito, que mesmo sendo liberado para concorrer dificilmente conseguiria convencer o eleitor, que ele seria a melhor opção e deveria permanecer no cargo, sendo reeleito.
Gangorra III – O que não se entende é a atitude da prefeita Glaucione Rodrigues, com duas “renúncias” à candidatura, após a prisão, abrindo espaços para que a coligação liderada pelo MDB pudesse lançar candidato. Esta semana foi anunciada a sua segunda renúncia, inclusive com apresentação de documentos e ontem (15) ela voltou atrás. É candidata e teve o registro confirmado na Justiça Eleitoral. Quem deve estar preparando o terno para a posse é o deputado estadual Adailton Fúria (PSD), que está na disputa pela ocupação do Palácio do Café a partir de janeiro do próximo ano, praticamente sem adversário, porque Marco Aurélio Vasques (DEM), que iria substituir a prefeita na coligação ficou “queimado” com a posição “gangorra” de Glaucione. Ruim para o eleitor, que ficará, caso o quadro permaneça, sem outras opções, porque o professor Alex Costa, do DC, teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral e somente Fúria concorrerá.
Carne – O amigo, jornalista, compositor, cantor e marido da Aninha, Sílvio Santos, o inigualável Zekatraca, que assina diariamente a coluna “Lenha na Fogueira” em vários sites no Estado reclamou do alto preço da carne em Porto Velho, mesmo sendo a “com osso”. O problema Zé, é que, devido a boa qualidade da carne de Rondônia, quase toda a produção é exportada com os valores em dólares. Infelizmente os bons tempos da década de 90, quando uma costela minga custava R$ 0,70 o quilo se foram. Antes das exportações a maioria da carne produzida no Estado era consumida aqui, por isso o preço baixo, por que a demanda era maior que o consumo. É a lei da oferta e da procura.
Carne II – Hoje os tempos são outros, pois Rondônia tem mais de 14 milhões de cabeças de gado e produz carne de primeira, quase toda exportada. O fim dos abatedouros municipais, onde o pequeno abatia seu gado para venda imediata na sua região com acompanhamento sanitário das prefeituras desapareceram, praticamente não existem. Além de o cidadão pagar caro, a maioria da carne comercializada no Estado é o refugo dos países importadores. Por que não reativar os matadouros municipais para que o pequeno possa abater e comercializar a carne do seu gado? Os candidatos a prefeito poderiam priorizar os matadouros nos planos de governo visando as eleições de novembro próximo. O grande produtor, que exporte, renda divisas para o Estado, mas o pequeno pode –e deve– comercializar a carne na região, desde que tenhamos matadouros em condições de atender a demanda na área sanitária.
Respigo
As primeiras pesquisas realizadas pelo Ibope em Porto Velho provocaram reações diversas dos candidatos e de membros das inúmeras coligações. Quem está na frente exalta, mas os demais descem a lenha e questionam a credibilidade do trabalho, da empresa +++ Ocorre que as pesquisas iniciais devem servir como parâmetro, para se corrigir erros e encontrar o caminho para se chegar ao eleitor nos tempos difíceis de coronavírus. Criticar hoje é um risco, pois amanhã ele pode estar na frente e como ficará a credibilidade dos institutos especializados? O Instituto de Pesos e Medidas-Ipem de Rondônia vem realizando com regularidade ações de campo fiscalizando peso, comprimento e largura constantes nas embalagens de produtos à venda ao consumidor e se estão corretas. Esta semana os trabalhos estiveram concentrados em papel higiênico, lenços de papel umedecidos, e lenços de limpeza facial +++ Uma das marcas de papel umedecido foi reprovada. O papel toalha também foi reprovado em comprimento e largura e as duas marcas de papel higiênico, também, porque não atingiram a marca de 60 metros conforme constava na embalagem +++ As empresas, segundo o presidente do Ipem, suplente de deputado estadual, Aziz Rahal foram notificadas e receberam prazo para corrigir as irregularidades. É o Ipem-RO trabalhando em defesa do quase sempre indefeso consumidor.