Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 10/10/2020 às 10h18
Ambas as cidades têm sido alvo de ataques arménios desde o início dos combates nesta região do Cáucaso, em 27 de setembro.
A mesma fonte oficial do Ministério da defesa do Azerbaijão indicou ainda que o exército arménio estaria também a atacar aldeias vizinhas às cidades estratégicas de Dzhabrail e Fuzuli, a sul do país, próximas da fronteira com o Irão.
Os arménios, por seu lado, também denunciaram ataques contra alvos civis no seu território, sem ser em Nagorno-Karabakh.
"Ignorando a trégua humanitária anunciada para 10 de outubro a partir das 12:00 horas [locais], unidades militares azéris realizaram, às 12:05, um ataque contra o setor Karajambeili", escreveu o porta-voz da Defesa, Shushán Stepanián, através do Facebook.
O mesmo porta-voz acrescentou ainda que a artilharia do Azerbaijão também está a atingir Hadrut, uma cidade que o Presidente Ilham Aliyev tinha dito na sexta-feira ter sido libertada por Baku.
A nota especifica que o exército arménio está a adotar as "correspondentes medidas" para responder ao ataque inimigo.
Hoje, antes de ter início o cessar-fogo (às 12:00 horas locais, 08:00 em Lisboa), a Arménia e o Azerbaijão já tinham trocado acusações de ambas as partes continuarem a bombardear áreas civis.
A Arménia e o Azerbaijão acordaram o cessar-fogo humanitário na noite de sexta-feira, que entrou em vigor às 08:00 de hoje, pondo fim a duas semanas de luta sangrenta no enclave separatista de Nagorno-Karabakh.
O cessar-fogo entre arménios e azeris foi acordado em Moscovo, onde ficou definida uma troca de prisioneiros de guerra e de corpos de soldados mortos em combate, comprometendo-se ainda a iniciar "negociações substanciais" para chegar a um acordo "rápido" e pacífico para o conflito.
A Arménia e o Azerbaijão concordaram o cessar-fogo após uma maratona de negociações que prosseguiu até o início da manhã de hoje em Moscovo, com mediação russa.