Por Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 03/10/2020 às 11h14
Dentre os cargos políticos certamente o de vereador é um dos mais cobrados pela população, por uma série de fatores. O principal é a proximidade de o legislador municipal com a comunidade. Eles são sempre questionados, diretamente, porque é o principal canal de diálogo entre o eleitor e o político.
A remuneração de um vereador leva muita gente a buscar o cargo, porque tendo a chancela de legislador municipal, o ocupante do parlamento mirim se intitula como autoridade, um ledo engano. Não há dúvida, que o vereador tem sua importância no processo político, porque tem responsabilidades como elaborar leis, fiscalizar, cobrar os governantes em defesa das prioridades da população. São funções do vereador. Infelizmente poucos realmente cumprem as obrigações mínimas de um legislador municipal.
Matéria publicada na semana pela editoria do RONDONIA DINÂMICA, diz que Porto Velho tem 628 candidatos à Câmara Municipal, para as 21 vagas. Certamente teremos mudanças no número, pois os pedidos de registro, ainda, não foram confirmados pela Justiça Eleitoral. Para cada vaga concorrem em média 30 candidatos.
Os professores lideram a lista de candidatos à vereança na capital. Segundo dados da Justiça Eleitoral, mais de 30 solicitaram registro de candidaturas, ou seja, em torno de 5% do total. Dos mais de 620 candidatos, 18 são doutores, das mais diversas profissões.
Os religiosos também estão participativos nas eleições na capital, com 15 pastores e um “varão”. A participação dos policiais militares e civis é significativa com cinco sargentos, um tenente, quatro cabos, um capitão e uma mulher bombeira.
A divisão dos votos é um desafio para os candidatos à Câmara Municipal. As dificuldades não ocorrem somente na capital, mas também nas cidades do interior, de maior ou menor densidade eleitoral. Há municípios que 100 votos são suficientes para se eleger, mas na capital dificilmente um vereador se elegerá com menos de 1,5 mil votos.
Outro problema enfrentando pelo candidato a vereador é o fracionamento dos votos. Há muitos casos em que pessoas não votam em candidato da família, porque “o patrão pediu” para votar em determinada pessoa. A divisão é muito grande e as dificuldades maiores.
Certamente e não será por falta de opções, que o eleitor deixará de votar nas eleições municipais de novembro próximo, quando serão eleitos, além dos vereadores, prefeito e vice. E tudo indica que a disputa das 21 vagas na capital será das mais acirradas, pois os candidatos são muitos e já é possível notar que a campanha já foi aberta nas redes sociais, sites e nas ruas.