Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 17/10/2020 às 10h19
A campanha eleitoral das eleições de 15 de novembro próximo estão se aproximando e os candidatos a prefeito, vice e vereador aceleram os trabalhos em um ano totalmente atípico. O reconhecimento pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março deste ano como pandemia provocou uma mudança radical no dia a dia das pessoas em todo o planeta.
O coronavírus é uma realidade, infelizmente. O que a princípio era mais um vírus que poderia ser combatido com medicamentos já existentes, na prática continua sendo um desafio para a ciência mundial. Já é possível controlar a pandemia com ações preventivas, como testes a qualquer sintoma, que possa ser relacionado ao coronavírus, isolamento se positivo e tratamento intensivo.
A campanha eleitoral deste ano é diferenciada em todos os sentidos. A duração dos trabalhos, que antes era em torno de três meses, está reduzida a pouco mais de um mês. Hoje é dia 16 de outubro e muitas candidaturas, ainda, não foram chanceladas pela Justiça Eleitoral, ou seja, os candidatos não estão legalizados para concorrer.
Apesar de a garantia de muita grana para os partidos, através do Fundo Eleitoral, o fomento para a movimentação financeira e a garantia de empregos temporários, como cabos eleitorais, formiguinhas, equipes especializadas em produzir matérias para jornais impressos, que, infelizmente estão agonizando e pouco influenciam numa campanha eleitoral são coisas do passado, assim com os trabalhos gráficos (cartazes, “santinhos”, banners, etc), showmícios com atrações nacionais, comícios com candidatos eloquentes.
Candidato que queira interagir com o eleitor deve usar os sites eletrônicos e as redes sociais. Se em 2016 o atual prefeito de Porto Velho, por exemplo, se elegeu trabalhando de forma intensiva nas redes sociais, na época não muito confiável, hoje os tempos são outros. Quem não tiver uma boa equipe para trabalhar forte na campanha eletrônica não tem chances de se eleger, mesmo nos municípios de menor poder eleitoral.
Em campanhas passadas, no atual período eleitoral a maioria dos cruzamentos mais importantes de Porto Velho, por exemplo, no centro e nos bairros os grupos de “formiguinhas” dos candidatos disputavam os locais para levar as mensagens ao eleitor. Hoje as “formiguinhas” são as mensagens nas redes sociais, que chegam diretamente ao eleitor.
Até as eleições a prefeito, vice e vereador de 2016, as redes sociais, ainda, não ocupavam o enorme espaço, que na campanha deste ano, aos mesmos cargos. Se os empregos temporários relacionados as eleições cresceram na área da internet, cada vez mais presente na vida da população, o mesmo não ocorre com as “formiguinhas”, gráficas e anúncios em jornais impressos.
Os tempos mudaram em todos os segmentos e na política, não poderia ser diferente, onde a era digital vai ocupando a cada eleição mais espaços e obrigando os candidatos a buscarem novas opções para as campanhas eleitorais. A cada ano que passa, o mundo demonstra, que a população fica mais dependente da eletrônica, da internet, das redes sociais.
Quem não se especializar, se atualizar, informatizar ficará pelo meio do caminho. É uma imposição do mundo digital onde o aperto de um botão pode significar o final do mundo.
Um alerta. Assim como já temos Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Identidade e mais uma infinidade de documentos eletrônicos, certamente para as eleições de 2022 teremos o Título de Eleitor digital, quando as pessoas poderão votar da sua casa ou de onde estiver utilizando a digital.
Quem viver verá.