Por J. Nogueira/DIÁRIO DA AMAZÔNIA
Publicada em 06/10/2020 às 09h32
O serviço de montagem de processo de pedidos de medicamentos de alto custo, fornecido pela secretaria de Estado de Saúde (Sesau), pode começar a sofrer atraso considerável a partir deste mês. Foi o que apurou a reportagem do Diário da Amazônia junto a um servidor da Gerência Regional de Saúde (GRS), com sede em Ji-Paraná. O motivo seria a decisão de descentralizar, tirando o trabalho executado atualmente em Porto Velho, passando para ser feito nesse município.
De acordo com o referido servidor (a), que pediu para não ser identificado, normalmente, antes, a partir da data do pedido do medicamento, a entrega acontecia entre 30 e 40 dias, agora, com essa descentralização, esse tempo será bem maior. Ainda de acordo com ele (a), o motivo é que apesar da descentralização ser considerada um ponto positivo, a Gerência Regional de Saúde, conta no memento com apenas sete servidores, e que, seriam necessários ao menos dez funcionários.
Três meses
A reportagem do Diário também conseguiu contato com a mãe de uma adolescente que sofre de Esquizofrenia (perturbação mental caracterizada por episódios contínuos ou recorrentes de psicose). Eucimar Silva Oliveira, genitora de outros filhos, disse que há mais de três meses não consegue receber o medicamento chamado de Olanzapina. “Ela precisa ser medicada com mais de um medicamento de alto-custo, mas, apenas esse é pedido ao governo, e mesmo assim, a demora é grande” lamentou. Ela também narrou que o Estado somente libera um tipo de medicamento, o que torna a situação, ainda mais difícil. A reportagem tentou contato com o Gerente Regional de Saúde, Ivo da Silva para comentar o assunto, mais não obteve êxito.