Por Agência Brasil
Publicada em 30/10/2020 às 14h21
Onze meses após reconquistar a América dentro de campo, o Flamengo tem a chance de dominá-la novamente, agora dentro de quadra. Nesta sexta-feira (30), o Rubro-Negro decide a Champions League, a "Libertadores" do basquete masculino, contra o Quimsa, da Argentina. A bola sobe a partir das 20h (horário de Brasília), na Antel Arena, em Montevidéu (Uruguai). O título garante um lugar no Mundial de Clubes do ano que vem, ainda sem data marcada.
A competição substitui a Liga das Américas, disputada entre 2007 e o ano passado. O Flamengo foi campeão em 2014, em decisão brasileira contra o Pinheiros. Do atual elenco, o ala Marquinhos e o ala-pivô Olivinha fizeram parte do time vencedor - o pivô Rafael Mineiro, hoje no Rubro-Negro, defendia a equipe paulista. Naquele ano, o time carioca também levou o título mundial, superando o Maccabi Tel Aviv, de Israel, campeão europeu.
"Na minha carreira já participei de inúmeros jogos únicos e eu sempre costumo dizer que se ganha no pulo da bola. Temos que mostrar para o adversário que estamos concentrados e que eles vão ter dificuldades contra a gente. O time inteiro precisa estar na mesma página, tanto ofensivamente, quanto defensivamente", afirmou Marquinhos, em depoimento ao site oficial do Flamengo.
O Flamengo está invicto na Champions. Na primeira fase, venceu duas vezes o Instituto, da Argentina, e o Deportes Valdívia, do Chile. No mata-mata, despachou - também com duas vitórias - o Fuerza Regia, do México, nas quartas de final, e novamente o Instituto, na semifinal. A última partida do Rubro-Negro pela competição foi em 12 de março, quando bateu os argentinos por 66 a 64 no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O torneio havia sido interrompido em março devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O Quimsa, por sua vez, fez nove partidas até o momento, com sete vitórias e duas derrotas. Após deixar para trás Sesi Franca e o Aguada, do Uruguai, na primeira fase, a equipe superou o Mogi das Cruzes nas quartas e o também argentino San Lorenzo na semifinal. Neste último confronto, cada time ganhou um jogo, forçando um terceiro e decisivo duelo, que só foi disputado na última terça-feira (27), também por conta da pandemia. O Quimsa levou a melhor por 110 a 97, na prorrogação.
"Temos um adversário duríssimo, em uma situação em que qualquer erro pode custar caro. O Quimsa tem jogadores experientes, é um time perigoso, com ótimo aproveitamento na linha dos três e forte no garrafão. Precisamos impor uma defesa forte, entrar ligados desde o início, ditar o nosso ritmo e usar da nossa intensidade de jogo para buscar a vitória", disse o armador Yago.
O Flamengo pode ser o primeiro time brasileiro a vencer duas vezes a principal competição do basquete sul-americano. Brasília (2009), Pinheiros (2013) e Bauru (2015) também venceram o torneio. Em 2016, o Brasil teve três semifinalistas (entre eles, o Rubro-Negro), mas o título ficou com o Guaros de Lara, da Venezuela. Em 2018, na última vez que um clube do país chegou à decisão, o Mogi foi superado pelo San Lorenzo. No ano passado, o Paulistano ficou em terceiro lugar.