Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 10/10/2020 às 10h03
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"Para que venham captais nacionais, internacionais, privados, públicos, todos os que queiram investir na Venezuela, onde queiram investir e no que queiram investir", disse o presidente do governo venezuelano após receber a "lei antibloqueio" aprovada no dia anterior pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), composta exclusivamente por apoiantes do regime e não reconhecia por dezenas de países.
Num ato transmitido pela televisão estatal VTV, Maduro agradeceu à ANC pela aprovação da lei, que assegurou ter ele mesmo redigido e proposto, através da qual o executivo pretende contornar as sanções económicas impostas ao país, especialmente por parte dos Estados Unidos.
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O novo centro de investimento será criado "à luz" da chamada "lei antibloqueio" e procura fazer crescer o Produto Interno Bruto (PIB), indicador económico em contração há quase dois anos e meio e que reduziu o tamanho da economia venezuelana em cerca de 90%, segundo estimativas do Parlamento.
O centro será presidido pelo, até agora, presidente do Banco de Comércio Exterior, Héctor José Silva Hernández, e Maduro espera que este crie projetos que permitam gerar novas riquezas, uma vez que, como o próprio afirmou, o país recebe hoje menos de 1% do que recebia em 2013 pela venda do seu petróleo.
Maduro instou também a população a pedir aos vários dirigentes da oposição que "parem os seus apelos ao bloqueio e à intervenção na Venezuela".
"Há que exigi-lo nas ruas, dar um rosto aos responsáveis pelo sofrimento da Venezuela", acusou.
Entre essas pessoas, segundo Maduro, estão Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, os deputados Henry Ramos Allup e Julio Borges, o antigo candidato presidencial Manuel Rosales, assim como Leopoldo Lopez, que se encontra hospedado na casa do embaixador espanhol em Caracas.
Maduro considerou, ainda, que a oposição venezuelana "está partida em mil pedaços" mas que tem "muito" dinheiro que "roubou ao país".