Por Assessoria
Publicada em 27/10/2020 às 09h56
A propositura de soluções fáceis para problemas complexos é recurso frequente de candidatos inexperientes e despreparados, no esforço para alcançar o convencimento do eleitor. Exemplo disso é a questão da segurança pública no município. Alguns candidatos, mesmo os que ostentam currículos acadêmicos invejáveis, simplesmente preferem desviar do assunto e deixar de lado o problema, para atribuir a responsabilidade ao estado.
Preferem ignorar a legislação que diz textualmente: “A segurança pública é dever do estado e responsabilidade de todos” (lei 13.675/18 - § 2º). Alguns tentam transferir a questão para um futuro longínquo um drama atual, que exige solução imediata. Propõem a criação de uma guarda municipal. Que, além de exigir recursos que a prefeitura não tem, demandaria em anos de trabalho, entre planejamento, execução e treinamento. Tudo isso para resultados comprovadamente pífios, apenas um cabide de empregos.
O candidato a prefeito Williames Pimentel (MDB) inseriu em seu plano de governo uma proposta viável e inovadora: a transformação dos pontos críticos já mapeados em Porto Velho pelo setor de inteligência da Segurança Pública em “território da paz”. Seu plano de governo prevê a criação de uma Secretaria Municipal de Segurança Pública. Com a experiência de dez anos no governo do município – dois anos na Administração e oito na Saúde – e orientação de especialistas na questão, entre os quais cinco coronéis da PM, inclusive um ex-comandante geral, Pimentel sabe o que diz:
“Antes que os adversários se apressem em condenar, convém esclarecer que segurança pública não se faz apenas com polícia. A secretaria municipal de segurança, já implantada com sucesso em outros municípios do país, terá a tarefa de se articular com as forças do estado. Aqui, especialmente com o 5º Batalhão de Polícia Militar, que trabalha nos moldes de Polícia Comunitária. Vai buscar também articulação com o Ministério Público, Defensoria e judiciário. E mobilizar os diversos setores da Prefeitura para a realização de um trabalho integrado”.
O raciocínio é simples: “Caro que não podemos intervir de forma alguma no trabalho da PM, mas vamos nos integrar para a execução de ações complementares. Enquanto o trabalho policial é desenvolvido em um bairro, a Prefeitura faz o acompanhamento com ação social, melhoria e limpeza das ruas, iluminação, desobstrução de canais e bocas de lobo para reduzir os alagamentos, criação de cursos profissionalizantes adequados às demandas da área, fortalecimento da saúde, esportes e lazer”.
“Vamos discutir com o Governo do Estado e o Comando da PM a possibilidade de contratação de policiais em período de folga ou, quem sabe, reformados, para a instalação de postos de patrulhamento ostensivo nos pontos mais críticos, como os condomínios populares do programa Minha Casa, Minha Vida. É um projeto ambicioso, mas, como em todas as nossas propostas, vamos fazer com a redistribuição de nossos recursos, sem comprometer o reduzido orçamento do município.
A insegurança e a violência, segundo Pimentel, são algumas das mais frequentes queixas e anseios da população, que vive assombrada pelo medo. “Tenho percorrido a cidade em reunião com as famílias. As insistentes reclamações evidenciam o anseio generalizado por uma cidade melhor cuidada. A sociedade reclama, por exemplo, da ausência dos prefeitos, que somente aparecem, sorridentes, em época de eleições. Depois somem. Também nisso eu vou fazer diferente: vou dividir a cidade em regiões e instalar pelo menos cinco subprefeituras para atender aos moradores de forma mais rápida e eficaz. E pelo menos a cada quatro meses vou reunir a população com todo o secretariado, para avaliação do desempenho”.