Por Assessoria/FIERO
Publicada em 04/11/2020 às 14h00
Facilitar o acesso das empresas a financiamentos e criar um ambiente mais propício para investimentos privados, com regras estáveis e sintonizadas com a agenda de sustentabilidade é uma das ações oriundas do Fórum Mundial Amazônia+21. O evento foi aberto oficialmente às 10h desta quarta-feira (4), em cerimônia híbrida virtual e presencial, contando com a participação de autoridades.
A criação de um grupo para propor políticas e modelos de negócios inovadores visando o crescimento da região foi anunciada durante a abertura pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Para ele, é fundamental construir um modelo consistente de desenvolvimento para explorar a floresta de forma inteligente e preservando os recursos naturais. “Trata-se de um desafio complexo, que precisa ser enfrentado com urgência. Se fizermos as escolhas certas agora, inúmeras possibilidades se abrirão”, afirmou.
Ele participou da abertura ao lado do presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) e da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Marcelo Thomé, e do Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente Joaquim Álvaro Pereira Leite, que representou o ministro do Meio Ambiente Carlos Salles.
Marcelo Thomé ressaltou a importância do fórum, que vai contar com mais de 100 painelistas do Brasil e exterior nos três dias de evento para buscar caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. ˜Este evento nasceu da perspectiva de que juntos podemos encontrar caminhos diferentes e sustentáveis para transformar positivamente o território amazônico. E este é um dos nossos principais objetivos nessa jornada”, disse.
Para Joaquim Leite, que além da abertura também participou do primeiro painel do evento “A agenda do Meio Ambiente e o desenvolvimento da Amazônia”. Sobre os desafios e oportunidades de preservação e desenvolvimento da Amazônia, Pereira ressaltou a importância de entender a dimensão da região que conta com 23 milhões de habitantes e um território do tamanho da Europa Ocidental. Segundo ele, se não houver ações de geração de renda e emprego para essa população, a pressão por atividades ilegais só vai aumentar. A agenda de preservação e desenvolvimento do governo prevê cinco pontos.
Agenda do meio ambiente
Sobre os desafios e oportunidades de preservação e desenvolvimento da Amazônia, Pereira ressaltou a importância de entender a dimensão da região que conta com 23 milhões de habitantes e um território do tamanho da Europa Ocidental. Segundo ele, se não houver ações de geração de renda e emprego para essa população, a pressão por atividades ilegais só vai aumentar. A agenda de preservação e desenvolvimento do governo prevê cinco pontos.
O primeiro ponto é a regularização fundiária. O segundo ponto é o zoneamento econômico e ecológico que permite a escolha das áreas que podem ser exploradas. O terceiro, é o pagamento por serviços ambientais, como o programa Floresta+. O quarto ponto é a Bioeconomia. O quinto ponto da agenda federal envolve a fiscalização e o controle das áreas.
Umas das soluções é pagar para quem cuida e conserva. Afirma Pereira. “Temos condições de levar desenvolvimento à região tão valorizada mundialmente. Efetivamente o dinheiro pela atividade de conservação, essa atividade tem de ser remunerada e por isso trazemos propostas do Floresta +, para melhorar as condições da região, gerando empregos”.
Fórum discute desenvolvimento sustentável da Amazônia
Reunir os diversos setores da sociedade com o objetivo de encontrar soluções concretas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. É com esse propósito que acontece a partir desta quarta-feira, 4, o Fórum Mundial Amazônia+21. Serão três dias de discussões em evento que acontecerá totalmente virtual e transmitidos pelos canais – Facebook e YouTube da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), que também preside a Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH) e coordenador do evento, Marcelo Thomé, explica que a proposta do amplo diálogo fortalecerá a geração de novos negócios sustentáveis tornando assim a Amazônia uma fonte rica de investimentos. “Queremos que o Amazônia+21 se torne um debate permanente e contínuo”, afirmou.
Para tornar esse pensamento viável, já foram realizados debates prévios em que foram discutidos e apresentados alguns fatores que devem ser levados em consideração para que este desenvolvimento regional se faça de forma responsável. No primeiro debate, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu um novo modelo de desenvolvimento, baseado em pesquisa e inovação e na bioeconomia.
Outro ponto discutido nos debates prévios foi com relação à segurança jurídica para atração de novos investimentos. Na área de investimentos, essa questão foi bastante discutida e a regularização fundiária foi apontado como um dos grandes gargalos e o que atrasa e inibe um incremento nos investimentos na região amazônica. Outro ponto abordado foi a questão da infraestrutura tanto em modais, quanto em energia e telecomunicações.
As realidades do povo amazônico, empresas locais e o desenvolvimento das cidades também foram temas discutidos durante os debates prévios ao grande evento desta semana. Para esses três dias estão programados assuntos ligados a agenda do meio ambiente e do desenvolvimento da Amazônia, a riqueza da bioeconomia, novas perspectivas para financiamentos de projetos para a região, entre outros.
Sobre o Amazônia+21
O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, Prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Os debates sobre os desafios e as soluções para a Amazônia se darão a partir de quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas e ciência, tecnologia e inovação. Para participar, inscreva-se gratuitamente no site amazonia21.org. O evento conta com tradução simultânea em inglês e espanhol.