Por G1
Publicada em 25/11/2020 às 10h03
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, candidato mais votado da história do país, superou os 80 milhões de votos na eleição presidencial americana. Apesar de a disputa ter ocorrido no dia 3, diversos estados ainda não terminaram a apuração dos votos 22 dias depois.
Biden ultrapassou, já no dia seguinte à eleição, o recorde anterior de votos recebidos por um candidato à presidência, que pertencia a Barack Obama (de quem foi vice durante oito anos). Em 2008, a chapa Obama-Biden recebeu 69.498.516 votos.
A marca dos 80 milhões de votos foi atingida após o democrata ter a sua vitória certificada em uma série de estados decisivos: Pensilvânia e Nevada na terça-feira (24), Michigan na segunda-feira (23) e Geórgia na sexta-feira (20).
O presidente eleito tem no momento 80.025.880 votos, segundo contagem da agência de notícias Associated Press. São 6.139.480 votos a mais do que o atual presidente dos EUA, Donald Trump, que recebeu 73.886.400. Com isso, o democrata tem 51,1% dos votos e o republicano, 47,2%.
Trump foi o primeiro presidente americano a não conseguir se reeleger desde o também republicano George H.W. Bush, que perdeu a disputa para o democrata Bill Clinton em 1992.
Biden foi declarado o vencedor no dia 7, quatro dias após a eleição presidencial, e desde então tem sido tratado como presidente eleito — apesar da insistência de Trump em não reconhecer a derrota.
Certificação nos estados
A certificação é geralmente um procedimento burocrático, que atribui oficialmente os delegados no Colégio Eleitoral ao vencedor no estado. Mas o presidente dos EUA tem adotado uma série de contestações judiciais para tentar mudar o resultado em estados decisivos em que perdeu.
Apoiador de Biden mostra cartaz em Michigan, estado que certificou a vitória do democrata na segunda-feira (23) — Foto: Rebecca Cook/Reuters
Sem apresentar provas, Trump reclama de uma suposta fraude na apuração desses estados. Mas, até agora, nenhuma autoridade reportou qualquer irregularidade na contagem dos votos.
Mesmo com a oficialização dos números, ainda há possibilidade legal de o candidato derrotado recorrer. Mas é cada vez mais difícil que o republicano consiga alterar o resultado da eleição.