Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 03/11/2020 às 14h32
Clandestinos – A farra dos motoristas de “táxi” clandestino em Porto Velho deve ter um paradeiro, sob pena de a população dependente do transporte coletivo urbano ficar sem o serviço. A precariedade do setor na capital é uma herança da administração do ex-prefeito Mauro Nazif (PSB), hoje deputado federal, que, à época, não renovou contrato com as empresas que prestavam serviços na cidade e não conseguiu, durante os 4 anos que ocupou o cargo organizar o setor com sérios prejuízos para a população de menor poder aquisitivo, a que mais depende do ônibus para trabalhar. Devido a isso o transporte coletivo (?) ficou na dependência do mototáxi, uma opção, questionável pela segurança e devido Rondônia ter somente duas estações climáticas: chuvas (inverno) e verão (seca). Como chove praticamente todos os dias durante o inverno o perigoso transporte via mototáxi, mesmo assim ocupou espaço, devido a precariedade do Consórcio SIM, que nunca ofereceu serviço de qualidade e que atendesse as mínimas condições do setor.
Clandestinos II – Após uma série de polêmicas desde o processo licitatório, somente no último mês de outubro a administração atual (Hildon Chaves-PSDB) conseguiu retomar o transporte coletivo urbano, através de a empresa JTP, que circula com ônibus modernos e funcionais, mesmo com a frota de 140 veículos, ainda, não estar em circulação devido a pandemia que atrasou a adequação das carrocerias ao chassi. Mas o grande problema não são o Uber e outros aplicativos, nem o mototáxi, que trabalham legalmente. Os motoristas clandestinos, que circulam com veículos impróprios, sem as mínimas condições de segurança social, de trânsito e lotação máxima assediam as pessoas nas paradas de ônibus concorrendo ilegal e abusivamente com a empresa de ônibus.
Clandestinos III – Se não forem tomadas providências urgentes dificilmente a empresa prestadora de serviços terá condições de manter o contrato. A clandestinidade é crime. A prefeitura deve agir com rigor contra esses solertes motoristas e a população, conivente, alertada por dar guarida à prestação de serviços ilegal, além do risco de contaminação pelo coronavírus e até de violência em todos os níveis, pois ninguém sabe quem está ao volante ou a seu lado. A prefeitura deve desenvolver uma campanha alertando sobre a clandestinidade e as suas implicações, inclusive para o usuário, que dá sustentação, mesmo que de forma inconsciente ao trabalho ilícito, desleal contra a empresa, que tem a responsabilidade de transportar as pessoas com segurança. O Ministério Público (MP) também poderia checar a situação e denunciar à Justiça.
Candidatos – As eleições municipais (prefeito, vice e vereador) do próximo dia 15, atípicas devido a pandemia, ainda, não mobilizaram a maioria do eleitorado nas principais cidades de Rondônia. A movimentação é maior em Porto Velho, onde 14 disputam a prefeitura, e em Ariquemes, onde a vereadora e presidente da câmara, Carla Redano (Patriota), o vice-prefeito Lucas Follador (DEM) e o ex-deputado estadual Tiziu Jidalías (Solidariedade) prometem uma disputa das mais acirradas devido à apoios importantes. Carla tem no marido e deputado estadual Alex Redano um suporte político considerável; Tiziu o grupo Cassol e Follador o pai e deputado estadual, bom de voto, Adelino Follador, além do presidente regional do partido, senador Marcos Rogério. O candidato do MDB, ex-secretário de Estado Gilvan Ramos, não está recebendo o devido apoio do líder maior e presidente regional do partido, senador Confúcio Moura.
Vilhena – Onde a disputa pela prefeitura também promete ser acirrada é em Vilhena, onde o prefeito Eduardo Japonês (PV), que concorre à reeleição é forte opção, além da ex-prefeita, Rosani Donadon (PSC) de família tradicional na política regional e sempre uma barreira difícil de ser superada. O coronel Rildo Flores (Podemos) é uma aposta com chances de surpreender, pois tem baixíssima rejeição e vem ganhando espaços durante a campanha eleitoral. O jovem Paulinho da Argamazon (Republicanos) é, a exemplo de Flores, nome novo na política e praticamente sem rejeição. Como estamos na reta final da campanha, quem tiver objetividade e competência até às eleições governará o mais importante município do Cone Sul a partir de janeiro. Mas Rosani e Japonês são candidatos bons de votos.
Respigo
Como estamos em tempos de pandemia algumas informações importantes para as pessoas que estão empregadas. Quem decide quando o empregado tira férias é o patrão +++ Só o empregado pode solicitar a venda de férias. O patrão não pode obriga-lo +++ Se o emprego quiser vender férias, o patrão não pode recusar. Não podem ser vendidas mais do que 10 dias de férias +++ Vender férias é direito do trabalhador. 1/3 de férias é igual a 1/3 do valor do salário +++ Somente como lembrete para o Procon-RO, que é como se fosse a maior parte dos vereadores: todos sabem que existem, mas não sabem a que serve. A gasolina teve duas baixas na última semana de 5% cada uma +++ Até hoje (3) as bombas de quase a totalidade dos postos da capital não baixaram um centavo o litro do combustível. É revoltante a cartelização do combustível em Rondônia, mais a ignorância pelas autoridades +++ Desde 2016, quando as redes sociais passaram, a ser importante instrumento político as eleições ganharam uma nova dinâmica. O período de campanha, antes de três meses e hoje de pouco mais de um mês e, a deste ano com a presença do coronavírus, os candidatos estão enfrentando novos tempos +++ Quem tem pretensão de eleger-se a cargos eletivos, seja majoritário (prefeito) ou proporcional (vereador), não pode abrir mão das redes sociais, da internet e sites de notícias. Mas importante lembrar, que qualquer erro, por menor que seja é de difícil correção em razão da velocidade da propagação, por isso, prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...