Por Rondoniadinamica
Publicada em 28/11/2020 às 09h29
Porto Velho, RO – O debate promovido pela Rede Amazônica, afiliada da Globo em Rondônia, foi a última oportunidade para Cristiane Lopes, do Progressistas, tentar diminuir o vácuo que a distancia de Hildon Chaves (PSDB), primeiro lugar nas duas rodadas da pesquisa Ibope – a que interessa –, durante o segundo turno.
O primeiro cotejamento colocou o atual chefe do Executivo municipal na liderança com 49% das intenções de voto; a progressista surgiu ali com 33%.
No veiculado ontem (28), antes do derradeiro embate retórico entre ambos, a vantagem do tucano subiu para 60%, onze a mais, enquanto Cristiane cresceu, de lá pra cá, sete pontos percentuais, figurando com 40%.
Portanto, a responsabilidade estava inteiramente nas mãos da adversária do postulante que representa o Palácio Tancredo Neves.
O que se viu na contenda intermediada de maneira pontual pela jornalista Maríndia Moura, no entanto, foi um confronto de ideias “frio”, apático, monocromático, permeado por algo semelhante à afasia, patologia neurológica que dificulta a comunicação.
Compreensível para a dupla que os dois se entregassem ao cansaço após longos quarenta e cinco dias incessantes de batidão, campanha diuturna, correria, reuniões, bandeiraços, enfim, entre outros tantos arquétipos voltados aos atos próprios do período eleitoral.
Porém, sabendo do déficit em termos de aceitação com base nas pesquisas Ibope, por exemplo, Cristiane poderia, sim, ter dado um sprint final buscando energia no recôncavo das suas forças a fim de chegar ao seu objetivo principal: defenestrar Chaves da Prefeitura de Porto Velho.
Não o fez, e pode pagar caro.
O debate, diferentemente da batalha travada na SIC TV, foi inócuo, insosso, soava como conversa de comadres, ou seja, a paz reinou: se a sociedade estivesse presenciando um concurso de Miss Universo, pronto, era isso aí mesmo, perfeito.
Mas não, não era o caso.
Em pouquíssimas ocasiões os dois se abespinharam explorando parcamente as fraquezas um do outro.
Quem ganha com isso?
Hildon, que se conservou em berço esplêndido numa posição de manter os rendimentos colhidos na passagem desse mês e meio; Cristiane perde, por outro lado, ao deixar de aproveitar a prostração do oponente quando deveria entregar tudo de si.
Déjà vu? O prefeito, quando ainda candidato em 2016 e enfrentando Léo Moraes no último debate do segundo turno, também apareceu letárgico para o enfrentamento.
O resultado a sociedade já conhece.
E é isso. Que amanhã (29), então, o porto-velhense faça sua escolha com sabedoria.
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DADOS DA PRIMEIRA PESQUISA IBOPE DO SEGUNDO TURNO
Margem de erro: 4 pontos percentuais para mais ou para menos;
Quem foi ouvido: 602 eleitores da cidade de Porto Velho;
Quando a pesquisa foi feita: entre os dias 19 e 21 de novembro de 2020;
Número de identificação na Justiça Eleitoral: RO-06398/2020;
A pesquisa foi encomendada pela Rede Amazônica;
DADOS DA SEGUNDA PESQUISA IBOPE DO SEGUNDO TURNO
Margem de erro: 4 pontos percentuais para mais ou para menos
Quem foi ouvido: 602 eleitores da cidade de Porto Velho
Quando a pesquisa foi feita: 25 a 27 de novembro
A pesquisa foi encomendada pela Rede Amazônica
Número de identificação na Justiça Eleitoral: RO-09943/2020