Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 06/11/2020 às 15h11
Polícia – Se na coluna de ontem (5) o debate organizado esta semana pela SIC TV (Record) com os candidatos a prefeito de Porto Velho, Ramon Cujuí (PT) e Hildon Chaves (PSDB), que concorre à reeleição foi de alto nível, lamentando apenas a ausência, sem explicações, do candidato Vinícius Miguel (Cidadania), hoje, não podemos dizer o mesmo sobre o realizado na noite de quinta-feira com os candidatos Samuel Costa, do PCdoB e a vereadora Cristiane Lopes (PP). Agressividade e denúncias comprometedoras envolveram o debate, que deveria ser de propostas e ações viáveis para os problemas da capital, que são inúmeros e mais preocupantes, quando se trata de saneamento básico. Infelizmente o espaço na comunicação direta com o eleitor foi pouco aproveitado pelos candidatos. No final o debate teve até registro de boletim de ocorrência contra a vereadora. Lamentável...
Imóveis – A regularização fundiária em Rondônia não é um problema, grave, apenas na área rural. A maioria dos municípios tem bairros com terrenos sem escrituras e Porto Velho, onde ocorreram muitas invasões no passado, tem, segundo Williames Pimentel, candidato a prefeito pelo MDB, nas eleições do próximo dia 15, mais de 25 mil propriedades urbanas irregulares em 12 bairros da capital. Na administração do ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT), foi criado um amplo programa de regularização fundiária urbana, que funcionou muito bem, mas não teve solução de continuidade com seu sucessor, Mauro Nazif (PSB). Foi reativada pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB), mas sem a devida importância e celeridade necessárias.
Regularização – Nas suas andanças pelos bairros da capital, Pimentel tem sido enfático, quando aborda o assunto regularização fundiária Disse estar ciente dos problemas do setor e que tem solução, se eleito prefeito, mas não “do dia para a noite”, pois é um problema complexo e precisa de um amplo planejamento para um programa viável e definitivo, não eleitoreiro. Sem a regularização do imóvel, os proprietários não podem acessar a financiamentos para construir ou reformar casas, devido a documentação inexistente, pois admitam ou não é uma propriedade clandestina, porque não tem documentação. O problema fundiário rural e urbano em Rondônia é real e preocupante e carente de solução e não de paliativos.
CPI – Além das eleições municipais (prefeito, vice e vereador) do próximo dia 15, o relatório final dos deputados estaduais componentes da CPI da Energisa, que investiga denúncias de irregularidades praticadas pela empresa no Estado, responsável pela distribuição da energia elétrica em Rondônia resulta em enorme expectativa. A insatisfação pela prestação dos serviços pela empresa é predominante no Estado e o presidente da CPI, deputado Alex Redano (PRB-Ariquemes) e o deputado-relator, Jair Montes (Avante-PVH) têm enorme responsabilidade junto ao público usuário, que clama por custo menor do quilowatt de energia, contadores que registram a realidade do consumo, energia de qualidade, cortes ilegais, dentre outras prioridades e obrigações da empresa.
Abstenção – Apesar de a campanha eleitoral ter ganhado um impulso maior esta semana, na maioria dos municípios de Rondônia, ela, ainda, não empolgou a população, apesar de os candidatos a vereador, por maior proximidade com o eleitorado motivar a correria atrás do voto. Mas não é isso que se pode observar. Nota-se, inclusive, a disposição de boa parte de o eleitorado deixar de comparecer às urnas, desmotivado e atento com a pandemia, que está sob controle, mas continua preocupando, assustando e matando pessoas. A possibilidade de abstenção elevada não está descartada e mobiliza os dirigentes partidários, pois como não há coligações como em eleições anteriores, e a necessidade de os partidos atingirem o cociente eleitoral, não basta ser muito bem votado. Os dirigentes partidários devem se atentar para esse detalhe e mobilizar suas lideranças na conscientização de o eleitor votar, de comparecer às urnas.
Respigo
Quem tem frequentado o Porto Velho Shopping nos últimos dias, nota que a movimentação é grande, mesmo durante os dias úteis. Não se sabe se a mobilização é motivada pelas compras do Natal, que se aproxima ou para fugir do forte calor dos últimos dias, que chegou a sensação térmica de 41 graus +++ Com a proximidade do final de ano e a necessidade de pagamento do 13º salário aos servidores, vários prefeitos de Rondônia estão preocupados com o cumprimento do direito trabalhista. Prefeituras estão com dificuldades para pagar não somente os servidores, mas também fornecedores e há um clima de expectativa e tensão em vários municípios do interior +++ A crise provocada pelo coronavírus, que é mundial, também atinge diretamente o setor público, que não arrecada e por isso não tem condições de cumprir os compromissos sociais, administrativos e com fornecedores. As perspectivas para do Natal de uma parcela significativa de servidores municipais no Estado não são as mais animadoras.