Por Emanuelle Pontes/Secom
Publicada em 11/11/2020 às 09h32
A pandemia da Covid-19 ainda não acabou e o aumento dos casos em Rondônia têm causado preocupação ao Governo do Estado e à classe empresarial. À vista disso, na manhã desta terça-feira (10), em videoconferência, durante reunião, foram discutidas estratégias, com destaque à conscientização, a fim de evitar o fechamento do comércio em Rondônia.
Ainda no encontro remoto, foi pontuada a preocupação por parte dos empresários com a volta da fase 3 de distanciamento social, do Plano Todos por Rondônia. Além disso, cabe lembrar que a sociedade tem um fator muito importante e deve ser objeto de conscientização, juntamente com os empresários, caso contrário regras mais rígidas serão propositadas, e não é o que o executivo estadual almeja.
Apesar dos casos estarem aumentando, a dinâmica é outra e não se assemelha ao início do ano. Mas ainda assim, é preciso ter cuidado a fim de evitar ainda mais o aumento dos casos
Atento ao panorama central da doença, o estrategista de dados Caio Nemeth apresenta projeções numéricas e geoespacial sobre o avanço da Covid-19 no Estado, que prevê forçosamente, por meio de matemática de controle, diversas situações que podem originar um colapso. Apesar de ser apontado como um risco ínfimo, é patente a necessidade de adequação de medidas em comparação com o novo cenário.
A dinâmica da doença não é igual do início da pandemia e seu quadro de letalidade têm diminuído gradativamente, isso quer dizer, há uma queda no caso de óbito, mas isso, segundo o estrategista Caio, não é motivo para baixar a guarda, a exemplo da Europa. Por menor que seja a possibilidade, a inversão do quadro não é impossível. Os dados apresentados na videoconferência são apenas uma projeção sobre a evolução da pandemia diante da flexibilidade comercial, período eleitoral e abertura de bares, restaurantes e casas noturnas.
Para Raniery Coelho, presidente da Federação de Comércio de Rondônia (Fecomércio), com o objetivo de coibir um colapso, a mudança da proposta deve ser rápida e eficaz com atuação entre o Governo e os empresários.
Samuel Almeida, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Rondônia, destaca que deve haver um equilíbrio do binômio saúde-economia que pode se valer do uso da conscientização, em vez de medidas mais severas.
Fazendo uso da palavra, Júnior Gonçalves, secretário-chefe da Casa Civil finalizou a videoconferência dizendo que “apesar dos acasos, somos um Estado vitorioso se compararmos com outros estados. Por isso montaremos estratégias para continuarmos tendo esse destaque e não prejudicar qualquer segmento”, buscar medidas com objetivo de não fechar o comércio. Para isso, o Governo do Estado conta com o apoio dos empresários e população nos cuidados sanitários.
Ao final, foi solicitada uma convocação de reunião com o setor artístico para discussão sobre os cuidados sanitários e de lotação, ou caso seja preciso, como prevê no decreto, horário de abertura e fechamento de casas noturnas e bares. Ainda foi discutida a necessidade de estabelecer uma comunicação única para intensificação nos cuidados e conscientização à população.
Sobretudo, foi apontada a possibilidade de criar obrigação de exposição por meio de banner ou outro meio similar destacando o lotação máxima permitida, preferencialmente em quantitativo e não em porcentagem. Além disso, requisita-se uma intensificação de fiscalização entre a Prefeitura e o Governo do Estado. Para mais informações, a alteração do decreto e publicação da portaria está prevista para ocorrer até sexta-feira (13).
Participaram da videoconferência o secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, superintendente estadual de Comunicação, Lenilson Guedes; Empresário e representante do Pensar Rondônia, Francisco Holanda; Presidente da Fecomércio; Raniery Coelho; Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Joana Joanora; presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Valdir Vargas; o representante do Ministério Público de Rondônia, demais empresários e a imprensa local. Bem como a equipe técnica da Casa Civil e todo os representantes gabinete de crise.