Por G1
Publicada em 24/11/2020 às 14h37
Paolo Gabriele, o ex-mordomo do Papa Bento XVI que vazou documentos ultrassecretos, morreu aos 54 anos, informou nesta terça-feira (24) o site de notícias do Vaticano.
A causa da morte não foi informada.
Servidor de Josef Ratzinger por seis anos, Paolo Gabriele foi condenado a 18 meses de prisão após ter confessado ter furtado documentos confidenciais do sumo pontífice em 2012.
Bento XVI, no entanto, concedeu indulto ao ex-mordomo no mesmo ano.
Casado e pai de três filhos, Gabriele passou a trabalhar no hospital pediátrico Bambino Gesù, administrado pela Santa Sé.
Vatileaks
Gabriele enviou a jornais italianos trechos de cartas internas revelando rivalidades e corrupção nos bastidores da Igreja. O caso, que expôs o Vaticano, foi apelidado de "Vatileaks".
Os documentos não revelaram escândalos em grande escala da Igreja Católica, mas suspeitas de corrupção, calúnias e escolhas contestadas. "Paoletto" foi preso em maio de 2012.
Durante seu julgamento em um tribunal da Santa Sé, o mordomo afirmou ter agido por "convicção de ter atuado por amor exclusivo" à Igreja Católica e ao papa: "Não me considero um ladrão".
A notícia do perdão foi dada pelo próprio Bento XVI, que renunciou dois meses depois dizendo que não tinha mais a força física necessária para sua pesada tarefa.