Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 20/11/2020 às 15h26
Candeias – A vitória convincente de Valteir Queiroz (Patriota) que somou 5.815 votos (46.37%) em Candeias do Jamary, contra Lucivaldo Fabrício (Avante) COM 36,46% (4.573) deverá trazer para o município a tranquilidade necessária. Desde o assassinato do ex-prefeito Chico Pernambuco (PSB) em 18 de março de 2017, morto a tiros dentro do carro em frente à sua residência, a posse do vice Luiz Ikenohichi (DEM) e posterior cassação pela câmara de vereadores em fevereiro de 2019, provocando eleição suplementar em 7 de julho, do mesmo ano, quando venceu e assumiu o ex-presidente da câmara de vereadores Lucivaldo Fabrício, na época no DC, a política no município é confusa e dominada por nichos do segmentos nada positivo para Candeias. A vitória de Valteir demonstra, que a maioria do povo de Candeias do Jamary soltou as amarras de “caciques” locais interessados em resolver problemas pessoais e de grupos, jamais da maioria da população.
Candeias II – O jovem Valteir tem tudo para fazer de Candeias do Jamary, cidade limítrofe de Porto Velho (20 quilômetros de rodovia com pista dupla), um dos municípios de maior importância do Estado, econômica e social do Estado. Rondônia há tempos necessita de indústrias para manufaturar a produção agrícola (café, soja, algodão, milho, etc) e Candeias pode ocupar esse espaço, criando um Parque Industrial com incentivos fiscais. Teria mão de obra a custo baixo e poderia utilizar toda a infraestrutura de Porto Velho como aeroporto, hidrovia, rede hoteleira e gastronômica, dentre outras facilidades. Candeias tem tudo para ser uma nova Cambé, no Paraná, atualmente uma força industrial do Estado, graças a utilização de toda a infraestrutura de Londrina. Hoje são cidades interligadas. Como se diz no ditado popular: Valteir está com “a faca e o queijo na mão”, basta montar uma equipe eficiente. Se o titular for político, o adjunto deve ser técnico, ou ao contrário, para que ocorra discussão, debate e a busca pelo melhor à população.
Vereadores – O eleitorado de Porto Velho é machista. Dos 21 vereadores eleitos em 2016, somente 4 eram mulheres (Ada Dantas, Elis Regina, Joelna Holder e Cristiane Lopes). Cristiane Lopes candidatou-se este ano a prefeita e disputa o segundo turno com o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e Elis Regina (Pode) se reelegeu, como sempre bem votada somando 3.137 votos e ficando em terceiro lugar. Além de Elis Regina, foi eleita, apenas Márcia Helena Martins Henrique (PP) com 1.425 votos ocupando a 19ª colocação. Menos de 10% das cadeiras disponíveis no legislativo municipal é muito pouco para as mulheres, que são a maioria dos eleitores na capital. É lamentável a falta de maior participação da mulher. Dos 15 candidatos a prefeito de Porto Velho, somente uma mulher, Cristiane Lopes, que disputará o segundo turno no próximo dia 29 com Hildon Chaves (PSDB).
Urnas... – O voto eletrônico está sendo muito contestado desde quanto foi implantado, porque gera desconfiança. Se conseguiram entrar até nos computadores da Nasa, porque não iriam raquear nossas “invioláveis” urnas eletrônicas. A eficiência de o voto eletrônico vem sendo contestada desde que o sistema aplicado nas eleições de 2000. As eleições municipais do último domingo (15) estão sendo questionadas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrado, porque houve atraso na abertura das urnas e pela centralização da apuração na sede do TSE. Vários exemplos de a possibilidades de fraudes foram apresentados, inclusive em São Paulo onde inúmeras urnas apresentaram os mesmos resultados. Coincidência? Mas a eficiência, ou não, das urnas eletrônicas poderia ser resolvida de forma direta e definitiva, com a adesão do voto impresso, pois há Lei para isso.
...eletrônicas – O Congresso Nacional aprovou (isso mesmo, aprovou) o voto impresso que deveria ser aplicado nas eleições de 2018. Muito simples. Todo voto na urna eletrônica geraria uma cópia que ficaria depositada em uma urna lacrada e, em caso de denúncias e a necessidade de recontar votos, os da urna de impressos seriam comparados com o da urna eletrônica. O presidente Michel Temer (MDB) vetou e o Congresso Nacional derrubou o veto, portanto, É LEI. Na época o ministro Gilmar Mendes disse que o TSE não tinha como implementar o sistema por falta de previsão orçamentária. Estamos no ano de 2020, novo presidente (Bolsonaro), e houve tempo para a previsão orçamentária, mas a Lei não foi cumprida e sim ignorada. Agora querem ir às ruas protestar, mas a quem? De Gaulle tinha razão...
Respigo
Quem está com a “bola cheia”, após as eleições municipais (prefeito, vice e vereador) do último domingo (15) é o deputado estadual Luizinho Goebel (PV-Vilhena), porque quatro candidatos a prefeito que tiveram apoio do combativo parlamentar foram eleitos. Além de Eduardo Japonês (PV), que se reelegeu em Vilhena, município de maior importância social, política e econômica do Cone Sul também se elegeram Liseth Marth (PV) em Cerejeiras, Izael Dias Moreira (PP) de Cabixi e Sheila Anselmo Mosso (DEM) de Chupinguaia +++ Isso significa que Luizinho Goebel já tem um suporte considerável para a busca de mais uma reeleição em 2022. E realmente Luizinho é um dos deputados com desempenho dos mais significativos no parlamento estadual +++ Ainda não é de clima eleitoral a movimentação popular em Porto Velho, que elegerá o seu futuro prefeito no próximo dia 29, em segundo turno. Provavelmente o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e a vereadora Cristiane Lopes (PP), que estão na disputa colocarão os blocos nas ruas a partir do final de semana +++ Mas a mobilização, além das redes sociais, ainda, não empolga o eleitorado. A expectativa é que teremos eleição voto a voto e que uma das preocupações é com a abstenção devido ao desinteresse de boa parte dos eleitores, que demostra disposição de ficar em casa, porque aumentou muito o número de infectados pelo coronavírus, após as eleições em primeiro turno do último domingo (15).