Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 14/11/2020 às 11h01
Após um ano atípico, porque desde março o mundo convive com o coronavírus, pandemia que matou e continua matando pessoas, sem que os cientistas e grandes cabeças pensantes consigam uma vacina teremos eleições municipais a prefeito, vice e vereador no domingo (15). Segundo o calendário eleitoral brasileiro, as eleições deveriam ocorrer em outubro último, mas devido ao covid-19 foi adiada.
As eleições serão realizadas em todo o Brasil. Rondônia tem 52 municípios e somente Porto Velho, com mais de 330 mil eleitores (o mínimo é 200 mil) há possibilidades de ocorrer eleições em segundo turno, no caso, no próximo dia 29. Especialistas da área afirmam que a escolha do futuro prefeito da capital só ocorrerá no segundo turno.
Rondônia também tem fato inusitado. O município de Pimenta Bueno já tem o seu prefeito reeleito Arismar Araújo de Lima, conhecido como Delegado Araújo (Patriota), porque concorre só, sem adversários e basta o seu voto para receber um novo mandato.
A exemplo das eleições de 2018, quando foram eleitos presidente da República, governadores e seus respectivos vices; dois dos três senadores, e membros da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas, as redes sociais estão fazendo a diferença. Como a propaganda na TV e no rádio é limitada e não tivemos no primeiro turno os debates nas grandes redes de TVs, que praticamente obrigam o telespectador a assisti-los ou desligar o aparelho, porque não tem outra opção os candidatos com maior poderio de comunicação levaram vantagens.
Durante a campanha eleitoral, bem curta em relação as eleições anteriores, quando a busca pelo voto ocorria durante quase três meses, este ano o trabalho de campo, além de limitado, só pode ser desenvolvido nas últimas quatro semanas, pois cerca de um mês de campanha não permite uma ação mais efetiva. Este ano não tivemos comícios, grandes concentrações e o trabalho de corpo-a-corpo muito limitado devido ao medo de contaminação pelo coronavírus e protocolo de saúde.
Apesar da realização das eleições, que chegou a discutir a viabilidade da prorrogação dos mandatos de prefeitos, vices e vereadores por mais dois anos e coincidência com as eleições de 2022 (presidente da República, governadores, uma das três vagas ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas), ocorreu o adiamento de outubro para novembro.
É fundamental destacar o trabalho da Justiça Eleitoral, que mesmo com tempo limitado conseguiu organizar as eleições deste ano de forma eficiente e, a expectativa para a votação de domingo (15) não preocupa, pois está tudo dentro do programado, mesmo com a limitação de ações impostas pelo coronavírus.
É importante que o eleitor vote. O voto é a única maneira democrática e legal para que o povo possa escolher seus governantes, seja para cargos majoritários ou proporcionais. Votar é um ato cívico legal e necessário, pois não há como viver num país, Estado ou município de forma democrática sem o exercício do voto livre, direto e soberano.
O futuro econômico, social, financeiro e político da comunidade está dependente do político, da política, por isso a importância de votar com consciência, responsabilidade e priorizando o coletivo. Não há como atender as necessidades reais da população sem a participação direta do político.
As eleições são momentos democráticos para a comunidade escolher seus governantes. Não abra mão do voto consciente, responsável para se evitar o político corrupto, desonesto, exclusivista e ligado a grupos e não aos reais interesses da comunidade. Não venda nem negocie seu voto.
Vote bem, vote consciente, vote em pessoas compromissadas com a coletividade.