Por Rondoniadinamica
Publicada em 03/11/2020 às 14h34
A jornalista Luciana Oliveira obteve nesta terça-feira, 4, uma grande vitória para a comunidade muçulmana.
Venceu em votação unânime no Tribunal de Justiça (TJ/RO) a sua crítica às declarações do professor da UNIR Fabrício Moraes de Almeida contra muçulmanos em um grupo de WhatsApp.
Indústria da indenização: desembargador disse que a intenção de Fabrício ao processar jornalista era apenas a busca pelo dinheiro / Reprodução
Ela denunciou em matéria jornalística no seu blog e repercutiu no Brasil 247 e o site Gente de Opinião, o que ele escreveu:
“Muçulmano é a desgraça que assola a humanidade… seus mandamentos são: matar infiéis, tomar suas esposas e tomar suas propriedades… então se declaram guerra… merecem o perdão divino no além… E bala na cara dos homens de boa fé…”.
À época, a ativista relatou ainda em sua matéria o aumento de fatos relacionados à islamofobia que ocorre especialmente nas redes sociais . Fabrício Moraes, pessoa com função pública relevante, proferiu as mensagens acima mencionadas.
Luciana incluiu em sua defesa um desagravo com mais de 200 assinaturas de apoio de professores universitários, advogados e entidades da sociedade civil.
A jornalista e o site Gente de Opinião foram representados pela banca Segismundo Advogados e o portal Brasil 247 foi pelo advogado Cristiano Zanin que atende o ex-presidente Lula.
“Estou muito feliz porque meu jornalismo cumpriu sua finalidade, dar voz a um grupo social injustamente associado ao terrorismo. Não pratico o islamismo, mas combato a intolerância religiosa e o racismo como forma de construir uma sociedade mais humana e justa”, destacou Luciana Oliveira após o encerramento do julgamento.