Por France Presse
Publicada em 13/11/2020 às 14h59
O Twitter marcou 300 mil mensagens relacionadas com as eleições presidenciais dos Estados Unidos como "potencialmente enganosas" nas duas semanas que abrangeram a votação, o correspondente a 0,2% das postagens relacionadas com o pleito, informou a rede social na noite desta quinta-feira (12).
A empresa anunciou que as etiquetas foram emitidas entre 27 de outubro e 11 de novembro, uma semana antes e uma semana depois das eleições eleitorais de 3 de novembro, nas quais o democrata Joe Biden venceu o presidente republicano Donald Trump, segundo projeção da mídia americana.
Dos 300 mil tuítes marcados, 456 foram cobertos com uma mensagem de alerta e tiveram suas ferramentas de engajamento limitadas – os usuários não puderam curtir, retuitar ou replicar as postagens, explicou Vijaya Gadde, diretora de questões jurídicas, de segurança, confiança e normas do Twitter, em uma postagem em um blog.
A empresa estima que 74% das pessoas só viram as mensagens problemáticas depois que elas estavam marcadas com o alerta, e o compartilhamento das postagens, consequentemente, caiu cerca de 29%.
Durante o período eleitoral, o Twitter postou mensagens nas páginas dos usuários americanos que foram vistas 389 milhões de vezes que "lembravam às pessoas que os resultados das eleições provavelmente atrasariam e que a votação pelo correio era segura e legítima", acrescentou Gadde.
Quase metade das mensagens de Trump foi marcada pela plataforma nos dias que se seguiram às eleições, enquanto o presidente alegava, sem evidências, que havia vencido o pleito e que o processo tinha sido corrompido por uma fraude maciça.
Tanto o Facebook quanto o Twitter anunciaram que tomariam medidas para conter a desinformação sobre o resultado das eleições nos Estados Unidos.