Por Rondoniadinamica
Publicada em 21/11/2020 às 09h58
Porto Velho, RO – Neste segundo turno das eleições a sociedade ficou com as possibilidades reduzidas ao máximo: daquele leque de 15 candidatos do começo restaram a situação, com Hildon Chaves, do PSDB, e Cristiane Lopes, do Progressistas.
O tucano largou com expansiva vantagem ao alcançar quase 75 mil votos, 34% do total válido; a adversária, por outro lado, teve menos que a sua metade, alcançando algo próximo de 31,5 mil eleitores na Capital.
A diferença foi abissal entre primeiro e segundo colocados: 43,2 mil votos.
Com a adesão oficial – declarada publicamente –, tanto de Vinícius Miguel (Cidadania) quanto de Coronel Ronaldo (Solidariedade), a campanha de Chaves cria ainda mais corpo para que o atual prefeito mantenha as funções por mais quatro anos.
Para todos os efeitos, o tucano é o convencional: sua administração é regular, teve vários problemas graves que foram resolvidos a duras penas aos 47 minutos do segundo tempo da prorrogação, mas, conforme já frisado, estão solucionados para além de todas as mazelas relembradas com razão pela população.
Em suma, Hildon é o convencional, comum, logo o cidadão já sabe o que esperar dele; lado outro, a oponente, representante da vereança em Porto Velho, também tem lá suas responsabilidades sobre os aspectos ruins da atual gestão. E isto não obstante ela alegar que fez o possível de acordo com suas convicções. Se fez, como diz, certamente não foi o suficiente.
Vereador não serve apenas para emitir Pedidos de Providência e conceder Moções de Aplauso pra gente desconhecida: a função principal da edilidade é a fiscalização, e nesta missão, é preciso ser claro, Cristiane Lopes fracassou.
A progressista, candidata do grupo Cassol, embora Ivo acredite que cada um deva responder pelo seu próprio CPF, carrega consigo a aura daquela família, que, de fato, ronda a campanha, tornando a possível titular de um hipotético futuro mandato célula do obscurantismo.
Não se sabe ainda o que esperar dela, exceto aquilo que já demonstrou na vida pública: uma performance que deixa a desejar especialmente observando as poucas atribuições levadas a cabo por membros do Legislativo-mirim.
Aparentemente, Hildon Chaves tentou aprender com os erros e agora soa como quem deseja abrir as portas da municipalidade à pluralidade de ideias e pensamentos, figurando, a despeito de tardiamente, como o democrata que todo político deveria ser.
Se esse comportamento sair do papel e não for apenas o roteiro elaborado por algum publicitário ricaço do eixo Rio-São Paulo (às vezes Minas Gerais), as chances de os próximos quatro anos serem melhores do que os passados são muito grandes.
Resumidamente, o mandatário do Palácio Tancredo Neves trilha um novo caminho agregando valores em vez de rechaçá-los; Cristiane, por sua vez, aquartelou-se naquilo que a sociedade denomina como conservadorismo, apesar de na grande maioria dos casos ser entoação “de garganta”, moral de veneta, ética relativa e daí por diante.
Essa via funcionou em 2018, mas minguou de lá pra cá: prova disso é que dois postulantes do mesmo espectro ficaram para trás já no primeiro turno. Um deles, com mandato, não chegou sequer a seis mil votos, denotando o esvaziamento logístico deste tipo de cartilha inócua.
E é isso, no dia 29 de novembro o porto-velhense pode se abster, votar em branco, anular ou escolher entre o usual e a incógnita com perfume cassolista.
E aí, qual vai ser?