Por Poder360
Publicada em 28/12/2020 às 16h42
O presidente Jair Bolsonaro cobrou os laboratórios que produzem os imunizantes contra a covid-19 sobre a apresentação de documentações à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Bolsonaro recebeu apoiadores no Palácio do Planalto nesta 2ª feira (28.dez.2020)
“O Brasil tem 210 milhões de habitantes, então é um mercado consumidor enorme de qualquer coisa. Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que que eles, então, não apresentam a documentação para a Anvisa?”, questionou o presidente.
Até a publicação desta reportagem, nenhum laboratório havia pedido autorização à Anvisa para o uso (emergencial ou não) de vacina contra o coronavírus. pode ser acompanhado aqui. A agência pretende analisar as solicitações para utilização emergencial de imunizantes em até 10 dias depois da data do pedido, que poderão ser acompanhados neste site.
No sábado (26.dez), Bolsonaro havia dito que “não dá bola” para o fato de que o Brasil estar atrás em relação a outros países que já iniciaram a vacinação. “Eu botei hoje [28.dez] nas redes sociais que eu falei que não estava preocupado com pressão. Falei mesmo. Porque nós temos que ter responsabilidade. Certas coisas não podem ser correndo, você está mexendo com a vida do próximo.”
O presidente voltou a fazer declarações contra medidas de isolamento para evitar a propagação da pandemia. “Povo armado jamais será escravizado. É inacreditável, fizeram o lockdown 5 meses. Alguns Estados [estão] fazendo de novo. Mas já não deu certo ali atrás”, considerou. “Saúde e economia estão de mãos dadas.”
Ao ser questionado por um apoiador sobre o voto impresso, Bolsonaro disse que o sistema é adotado nas eleições da Câmara dos Deputados. Contudo, a Casa realiza votações por meio eletrônico desde 2007, período em que o próprio presidente atuou como deputado.
“As eleições na Mesa para presidente é no papelzinho. Não sei como vai ser esta agora”, disse. “Acabando as eleições [para as presidências no Congresso] tem uma proposta de emenda à Constituição da [deputada] Bia Kicis (PSL-DF). A gente vai conversar com os dois presidentes para a gente levar avante essa proposta, essa PEC, se a gente aprova o voto impresso. Se aprovar, vai ser voto impresso em 2022.”
Em referência à eleição para a presidência na Câmara, que será realizada em 1 de fevereiro de 2021, Bolsonaro se posicionou a favor do bloco de oposição ao atual dirigente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O candidato de Maia é presidente do MDB, Baleia Rossi.