Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 30/12/2020 às 10h34
A medida da Comissão Nacional de Saúde, conhecida hoje, não é uma proibição formal de viajar, mas constitui uma recomendação excecional, na única época do ano em que milhões de trabalhadores migrantes podem estar com as suas famílias.
A comissão disse que está a encorajar os governos provinciais a persuadirem os trabalhadores a seguirem aquela sugestão. A mesma fonte apontou que os trabalhadores que ficarem nos locais onde trabalham devem receber pagamento extra e tirar férias noutra altura.
A ausência de um bloqueio nas vésperas do Ano Novo Lunar do ano em curso foi responsável pela propagação do vírus por todo o país e, a seguir, por outras partes do mundo.
A China praticamente erradicou a transmissão local do coronavírus, mas as autoridades continuam em alerta máximo, face a um possível ressurgimento.
As escolas já estão programadas para começar as férias do Ano Novo Lunar uma semana antes e os turistas foram orientados a não se deslocarem até Pequim durante o feriado.
O novo coronavírus foi detetado pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no final do ano passado.
Os números oficiais da China apontam para 4.634 mortes, entre 87.027 casos confirmados de covid-19 no país.
"Os governos locais devem intensificar os esforços para encorajarem empresas e instituições a (...) orientarem os trabalhadores a tirarem férias nos seus locais de trabalho apenas dentro do possível", disse a comissão, em comunicado.
A semana do Ano Novo Lunar é tradicionalmente a época em que as famílias se reúnem para refeições e visitas a templos e mercados. Milhões de chineses regressam à terra natal, na maior migração interna do planeta, em longas viagens de comboio, avião ou autocarro.
Milhões de chineses de classe média também aproveitam a ocasião para viajar em lazer.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.