Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 12/12/2020 às 11h19
As eleições gerais (presidente da República, governadores e vices; um dos três senadores, Câmara Federal e Assembleias Legislativa) de 2022 estão distantes, mas já mobilizam as lideranças políticas do Estado. Grupos que enfrentaram as urnas em novembro último, para eleger prefeitos, vices e vereadores não deverão manter as parcerias para 2022 devido a interesses das lideranças.
Hoje há oito grupos liderados por políticos expressivos e em condições de disputar o governo do Estado em 2022. Desde as eleições de novembro último, que as lideranças se mobilizam em busca de formatar parcerias, ajustando meios e formas para disputar o governo do Estado e à única das três vagas ao Senado, hoje ocupada pelo senador Acir Gurgacz, presidente regional do PDT.
O senador Acir está entre os prováveis candidatos a governador em 2022. Concorreu em 2018, mas não teve sua candidatura registrada pela Justiça Eleitoral e acabou ficando sem condições legais, para concorrer à sucessão estadual. Mas é um nome com estrutura política e econômica suficiente para disputar o cargo de governador.
O PT deverá concorrer com nome novo. O servidor público Ramon Cujuí concorreu a prefeito nas eleições de novembro último e, mesmo não obtendo uma votação expressiva, ganhou popularidade, pois o seu partido está extremamente desgastado em nível nacional, e em Porto Velho não é diferente. Mas foi um candidato, que deixou boa impressão nos debates e demonstrou ter conteúdo em suas aparições públicas.
O ex-senador Expedito Júnior é o nome forte do PSDB para disputar o governo do Estado nas eleições de 2022. Júnior já concorreu –e perdeu– o cargo de governador para Confúcio Moura (MDB) em 2014 e Marcos Rocha (sem partido) em 2018. O PSDB tem outras opções, como o recém-reeleito prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, que poderá disputar a sucessão estadual e Júnior, ao Senado. A presidente do diretório regional, Mariana Carvalho também está entre os postulantes a cargos eletivos em 2022: reeleição, governo do Estado e até a vaga ao Senado.
Dois dos três senadores de Rondônia estão se preparando para concorrer em 2022. Confúcio Moura (MDB) já foi governador durante dois mandatos seguidos. Deixou o cargo para disputar uma das duas vagas ao Senado e se elegeu na segunda colocação com mais de 230 mil votos. É hoje o nome de maior expressão do MDB.
O presidente do diretório regional do DEM, senador Marcos Rogério é um político jovem e em constante ascensão, desde a sua passagem pela câmara de vereadores de Ji-Paraná, Câmara Federal e agora senador. Nas eleições a prefeito, vice a vereador de outubro último formatou várias parcerias e deverá ter um grupo forte apoiando sua provável candidatura a governador.
O ex-governador e presidente regional do Solidariedade Daniel Pereira, que era vice de Confúcio e assumiu o comando do Estado com a renúncia do titular, para disputar o Senado em abril de 2018 é sempre lembrado quando o assunto é a sucessão estadual. Perdeu uma ótima chance de se reeleger em 2018, porque tinha firmado compromisso com Acir Gurgacz, que acabou não tendo a candidatura registrada. Mas Daniel continua sendo um nome forte e, no apoio ao seu candidato a prefeito de Porto Velho, Ronaldo Flores, nas eleições deste ano, foi bem, pois seu apadrinhado, mesmo sendo estreante na política conseguiu um bom desempenho.
O ex-governador Ivo Cassol (PP), que ocupou o cargo durante dois mandatos seguidos também está entre os nomes a concorrer ao governo do Estado em 2022. Carismático e identificado com as mais diversas camadas da população, Cassol, aos poucos vem se recolocando como político atuante no Estado e em condições de governá-lo novamente.
O governador Marcos Rocha (sem partido), ainda não conseguiu ajustar a sua administração. Depois de Oswaldo Piana, que governou o Estado na década de 90, Rocha é o primeiro com domicílio eleitoral na capital a comandar o Estado. Está enfrentando uma situação inusitada, com a pandemia provocada pelo coronavírus, mas não deverá ser um nome fácil a ser batido em 2022. Tem, ainda, cerca de dois anos para ajustar a “máquina” administrativa e, como ocupa o poder está entre os nomes, a princípio, com maiores condições de atingir o objetivo, que seria a reeleição.
São apenas considerações sobre o que poderá ser o futuro político na sucessão municipal, mas é um quadro real da situação, hoje, no Estado. São vários grupos, com propostas e objetivos diferentes, que deverá buscar o voto do eleitorado em 2022. Caberá ao povo escolher quem será o futuro governador. Mas somente em outubro de 2022.