Por Rondoniadinamica
Publicada em 26/12/2020 às 09h21
Porto Velho, RO – A sociedade que se atente, e rápido! Todas as cabeças políticas de Rondônia – ou ao menos a grande maioria entre elas –, está no futuro, lá em 2022.
Pense bem: no ano do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), onde 1,7 milhão de pessoas morreram, 1.743 cidadãos rondonienses entre elas, diga-se de passagem, quase tudo foi suspenso, paralisado, adiado, enfim.
A exceção? O pleito, é lógico!
Porque a atmosfera tupiniquim só comporta o ar da próxima eleição, e é esse o oxigênio que preenche os pulmões tanto dos que estão por dentro do Poder e desejam mantê-lo para si e os seus quanto de quem está fora e quer entrar.
É como cantarolava o eterno Dominguinhos:
“Olha, quem tá fora quer entrar. Mas quem tá dentro não sai”.
Já em janeiro as construções no âmbito eleitoral começam a se enlaçar: em jogo, a chefia máxima do Palácio Rio Madeira, 24 assentos na Assembleia Legislativa (ALE/RO), uma vaga no Senado Federal e ainda oito cadeiras no parlamento federal.
Parece precoce conceber que essas formatações sejam rascunhadas tão rapidamente, porém, e o (a) leitor (a) que não duvide, as mudanças drásticas no Planeta Terra inteiro em decorrência da pandemia colocaram em xeque a capacidade administrativa de muitos gestores, isto em escala global.
Também colocaram contra a parede a serventia de inúmeros legisladores que não conseguiram, ou não quiseram, oras, cumprir sua obrigação mais primordial: a de fiscalizar. E quando fiscalizam, soa como trabalho desleixado, feito e apresentado para inglês ver.
Por isso, regionalmente falando, a galera que visa ocupar espaços na política eletiva irá entrar com unhas e dentes na disputa, explorando toda e qualquer falha deixada para atrás sem correção.
O cenário, por outro lado, também carrega consigo nuances de injustiça, porquanto enquanto nas legislaturas passadas e/ou mandatos no Executivo pretéritos os que detinham os ofícios não tiveram que lidar com as terríveis sequelas causadas pelo Coronavírus.
Essa vantagem, mesmo um tanto quanto desleal, deverá ser esmiuçada ao máximo pelos pretensos sucessores de seus cargos nas eleições de daqui a pouco menos de dois anos.
Há, entretanto, muito chão pela frente. Lidar com os erros e corrigi-los pode fazer com quem está na lida conserve condições plenas de reeleição, se, claro, houver a promoção instantânea das medidas necessárias de reciclagem e aprimoramento.
Paralelamente, é necessário repetir a linha inicial deste editorial: a sociedade que se atente! Com a classe política com as mentes na urna, a população deverá manter e até mesmo realçar o status fiscalizatório. Salvo contrário é possível que o povo de Rondônia experimente um vácuo representativo gritante no próximo biênio.
Olho vivo!