As novas restrições vão afetar "todos os responsáveis do Partido Comunista chinês implicados em atividades repressivas, não importa onde se encontram", afirmou o secretário de Estado norte-americano em funções, Mike Pompeo, num comunicado, enumerando a repressão de "práticas religiosas", "minorias étnicas", "dissidentes", "defensores dos direitos humanos", "jornalistas", "sindicalistas" e ativistas da sociedade civil ou de "manifestantes pacíficos".
Os familiares de cada pessoa sancionada também são abrangidos por esta medida.
Nos últimos meses, Washington tem aumentado as restrições de vistos em relação a responsáveis ou a estudantes chineses, medida que ocorre num contexto de agravamento das tensões entre as duas grandes potências mundiais.
Para os Estados Unidos, e nomeadamente para a administração norte-americana cessante liderada pelo Presidente Donald Trump, a China é encarada atualmente como o principal adversário estratégico.
O Departamento de Estado norte-americano cancelou os vistos de mais de mil estudantes e investigadores chineses suspeitos de espionagem e proibiu a entrada nos Estados Unidos a responsáveis chineses implicados nas violações dos direitos dos membros da minoria muçulmana uigur ou nas ações de repressão contra os ativistas pró-democracia em Hong Kong.
A diplomacia norte-americana também limitou drasticamente a entrada no país de membros do Partido Comunista chinês.
"Esta medida demonstra a determinação da administração norte-americana em responsabilizar o Partido Comunista chinês pela sua crescente repressão contra o povo chinês", referiu Mike Pompeo na mesma nota informativa.
"Os governantes autoritários da China impõem restrições draconianas às liberdades de expressão, religião ou crença, de associação e do direito de reunião pacífica. Os Estados Unidos mostram de forma clara que tais pessoas que violam os direitos humanos não são bem-vindas no nosso país", concluiu o representante.
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